A Filipa é talhante. Tecnicamente, o talho é da mãe, mas há 3 anos ela foi diagnosticada com artrite reumatoide e a Filipa tomou conta do negócio da progenitora. Na altura, Filipa trabalhava em Marketing e tinha uma vida estável, mas o lado familiar falou mais alto e assumiu essa responsabilidade.  

 Filipa abraçou este desafio com coragem, mas, 3 anos volvidos, sente que o talho já é uma obrigação e, aos 28 anos, acha que ainda vai a tempo de fazer algo que goste. Filipa está num dilema: por um lado está a segurar o negócio da mãe (que até é mais rentável que o Marketing), por outro lado sente que não está a viver a vida dela. Diz que está na altura de virar uma página na vida dela. 

 O trabalho no talho ocupa todos os dias da semana (só tem folga no domingo à tarde) e por isso teve de deixar a banda de casamentos onde cantava. Recentemente, decidiu investir em aulas de canto e integra o coro da escola. 

Vive com o seu marido Patrick (diretor de Recursos Humanos). Querem ter filhos mas Filipa só está disposta a dar esse passo depois de sair do talho. Diz que enquanto lá estiver não tem vida para ser mãe. 

A Filipa está numa fase profissional que não sabe bem o que fazer e quer abandonar o emprego que tem. Não tem nada a perder.