A Fátima tem 44 anos e mora em Paredes.

Toca violoncelo desde os 13 anos, sendo que o violoncelo surge completamente por acaso. Chegou à secretaria da escola de música da sua terra, onde o pai a inscreveu, e preencheu um papel que pedia para escolher um instrumento. Na altura tinha 13 anos, pediu ajuda ao pai para escolher e ele disse que ela é que sabia… a Fátima escolheu violoncelo de forma aleatória, mas depois apaixonou-se e nunca mais largou este instrumento!

Vem de uma família com poucos recursos financeiros, mas cheia de amor. Recorda-se de ter vergonha das condições que tinha, mas realça que nunca lhe faltou nada apesar de tudo. A vergonha passou rápido e, eventualmente, percebeu que era mais feliz do que muitas pessoas que tinham dinheiro.

Trabalha numa instituição de apoio à deficiência, com pessoas com todo o tipo de problemas e dá-lhes aulas de música. Também gere projetos numa associação de artes – a “Rebord’ Arte” -, onde trabalha com comunidades desfavorecidas e educa pela arte.

Fez um curso de teatro em 2019 e compôs originais para a sonoplastia da peça de teatro. Aí percebeu que gostava mesmo de cantar. Além disso, para dar aulas de violoncelo, tinha de cantar, diz que é uma forma normal de se expressar e de explicar coisas aos alunos. Ainda assim, só começou a levar a sério a vontade de cantar em 2020. Depois da pandemia decidiu que ia fazer coisas diferentes, decidiu aprender a usar o seu aparelho vocal.

Sobre o The Voice, diz: “deu-me os 5 minutos e decidi participar”. A Fátima conta que quando viu que as inscrições estavam abertas, falou com a professora de canto e aqui está ela!