Rubrica de Luís Henrique Pereira

Com uma envergadura de asas de 80 cm, esta elegante ave de bico vermelho, com uma mancha negra na cabeça e com a extremidade negra é das aves mais emblemáticas do arquipélago dos Açores.


Os garajaus nidificam sempre em colónias, perto de praias em rochedos ou escarpas.

"As principais dificuldades neste e em casos semelhantes, têm a ver com o terreno. As escarpas são de muito difícil acesso, assim como as ilhotas onde as aves nidificam. O mais difícil de facto, foi procurar locais onde não perturbando as aves e o seu processo de nidificação, nos fosse possível captar as melhores imagens. Para isso foram necessárias várias potentes lentes acopladas à objetiva da câmara para se conseguir o pretendido."

Nos Açores fazem dos ilhéus habitat preferencial para a reprodução e entre abril e julho a fêmea põe 2 a 3 ovos. No arquipélago dos Açores existem 2000 a 3000 casais reprodutores.

"Este foi um apontamento documental que demorou alguns dias a produzir e foi o segundo que a equipa fez nos Açores, sobre a vida dos Garajaus. A importância aqui era acompanhar o comportamento dos adultos e das crias de Garajau, e perceber o trabalho que os progenitores têm em criar os filhotes, de resto à semelhança de muitos outros animais."

O Garajau-comum e o Garajau-rosado são duas espécies que podem ser avistadas mas o segundo é muito mais raro.

"O Garajau é uma ave que encanta pela elegância, pelas cores, pelo voo "carregado" de habilidades. Foi uma experiência e tanto!"

"É encantatória a sociedade criada à volta de uma colónia de Garajaus nidificantes. Parece uma sociedade absolutamente desorganizada, mas bem pelo contrário: Os Garajaus esvoaçam, capturam peixe num ápice e imediatamente entregam-no às crias."

Uma experiência a repetir na elaboração de um documentário de maior dimensão para a RTP muito brevemente.

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