Estreia: Sábado, 8 de Julho às 22:05, na RTP2.

Uma edição que homenageia dois grandes gigantes da música do século XIX: Wagner e Verdi

Aos sábados à noite, durante o mês de Julho, a RTP 2 vai estar em direto do Largo de São Carlos, em Lisboa, para transmitir mais uma edição do Festival ao Largo. Uma excelente programação de música, ópera, dança e teatro dividida por quatro fins de semana.

A edição deste ano homenageia dois gigantes da música do século XIX: Richard Wagner e Giuseppe Verdi, curiosamente ambos nascidos em 1813. O Largo de São Carlos é um local íntimo e cenário perfeito para, uma vez mais, a música abandonar a sala principal do Teatro e fazer-se ouvir em plena rua. Há musica para todos os gostos: o programa deste ano combina jazz, musicais da Broadway com Maurice Ravel, Leonard Bernstein ou Frank Zappa.

As honras de abertura deste festival caberão à Orquestra Sinfónica Portuguesa dirigida por Joana Carneiro, a sua Maestrina Titular, e o Coro do Teatro ocupa o seu habitual lugar de uma das estrelas principais, cantando um programa totalmente preenchido por obras de cada período importante da carreira de Verdi.

 

Dia 1 (7 de Julho): Bernstein e Ravel

Antecipando as comemorações do seu 100.º aniversário, Bernstein recebe Ravel para um programa de influência jazzística entre dois continentes.

Piano: Pedro Costa
Direção Musical: Joana Carneiro
Orquestra Sinfónica Portuguesa
Maestrina Titular: Joana Carneiro

Programa:
Joly Braga Santos (1924-1988)
Abertura Sinfónica n.º 3, Op. 21
Leonard Bernstein (1918-1990)
Symphonic Dances, West Side Story
Maurice Ravel (1875-1937)
Concerto para piano em Sol maior

 

 

Dia 2 (15 de Julho): Noite Wagner

Die Meistersinger, ópera em 3 atos estreada em Munique em 1868, para além de ser uma das mais longas óperas do repertório lírico, é a única comédia da maturidade de Richard Wagner.

A história centra-se na personagem real de Hans Sachs, sapateiro-poeta que, em meados do século XVI, viajou pela Alemanha como mestre cantor. Eis uma ópera de Wagner povoada por gente comum, sem quaisquer poderes mágicos ou sobrenaturais como no drama medieval de Tristan und Isolde, estreada também em Munique em 1865 e que foi apresentada este ano na temporada do TNSC, ou em Parsifal, essa longa viagem espiritual que, dada a mensagem declaradamente cristã, Wagner preferiu classificá-la de obra sacra para cena que se estreou no Bayreuth Festspielhaus, em 1882, um ano antes da morte do compositor. O concerto encerra com dois excertos de Gotterdammerung, ópera que finaliza a Tetralogia O Anel do Nibelungo: no primeiro ato, ao amanhecer, Brunnhilde envia Siegfried para novas aventuras, Viagem de Siegfried pelo Reno, e no último ato, Cena Final da Imolação, em que a heroína é consumida pelas chamas da pira funerária do seu amado Siegfried.

Soprano: Rachel Nicholls
Direção Musical: Justin Brown
Orquestra Sinfónica Portuguesa
Maestrina Titular: Joana Carneiro

Programa:
Richard Wagner (1813-1883)
Die Meistersinger von Nurnberg, Abertura
Tristan und Isolde, Prelude e Liebestod: Mild und leise (Prelúdio e Cena final)
Parsifal: Karfeitagszauber (A magia de Sexta-feira Santa)
Gotterdammerung: Siegfried”s Rheinfahrt (A viagem de Siegfried pelo Reno)
Gotterdammerung – Schlussszene: Scheite schichtet mir dort (Cena Final, Imolação de Brunnhilde)

 

Dia 3 (22 de Julho): A Vida de Verdi

A partir do Largo de São Carlos, a RTP transmite o concerto dedicado ao genial compositor italiano Giuseppe Verdi (1813-1901).

Árias, duetos e coros das mais conhecidas óperas de Verdi, numa viagem por alguns dos consagrados êxitos do compositor. São intérpretes o soprano Cristiana Oliviera, o barítono Roland Wood, o Coro do Teatro Nacional de São Carlos e a Orquestra Sinfónica Portuguesa sob a direção da maestrina Joana Carneiro.

Giuseppe Verdi (1813-1901), para além de ser o mais respeitado e popular compositor de ópera italiano foi, no seu tempo, uma figura política do Risorgimento idolatrada por centenas de milhares de italianos. Da exortação patriótica nas margens do Eufrates (Nabucco, 1842) aos bosques sombrios e mágicos de Windsor (Falstaff, 1893), a sua vasta obra – excetuando as poucas incursões no domínio da música sacra – soma uma vasta galeria de heróis e heroínas que, ainda hoje, nos encanta e comove. Rigoletto (1851), Il Trovatore e La Traviata (ambas de 1853), são três óperas do seu período intermédio e porventura as mais representadas. Porém, obras um pouco mais tardias tais como La Forza del Destino (1861), Aida (1871), Don Carlo (1867, versão italiana) ou Otello (1887), ocupam igualmente um lugar regular nos cartazes das temporadas dos teatros líricos de todo o mundo.

Programa:
Giuseppe Verdi (1813-1901)
Nabucco – Abertura
Ernani – Si ridesti il leon di Castiglia
Il Corsaro – Alfin questo corsaro…
cento leggiadre vergini
Macbeth – Patria oppressa
Rigoletto – Tutte le feste al tempio…
Sì, vendetta
Il trovatore – Vedi le fosche notturne spoglie
La traviata – Addio del passato
I Vespri Sicilianni – Abertura
Un ballo in maschera – Eri tu che macchiavi
La forza del destino – La Vergine degli angeli
Simone Boccanegra – Come in quest”ora bruna
Don Carlo – O Carlo ascolta
Aida – Gloria all”Egitto ad Iside
Otello – Ave Maria
Falstaff – È sogno o realtá?
Nabucco – Va, pensiero