Um dos maiores escritores do mundo abre as 40 portas do seu universo, revela métodos de trabalho e revisita o seu percurso
Mundialmente conhecido por romances históricos como “O Nome da Rosa” ou “O Pêndulo de Foucault” e por ensaios geniais e divertidos como “Apocalípticos e Integrados” e “Como viajar com um salmão”, Umberto Eco (1932-2016) conseguiu cativar o público e a crítica ao desmistificar a cultura erudita tornando-a acessível a todos. Em 2012, o escritor recebeu em sua casa no Monte Cerignone, mas também em Milão e Paris, a realizadora francesa Teri Wehn-Damisch, que faz este fiel e íntimo retrato do pensador, historiador da Idade Média, ensaísta, semiologista, homem das letras, filósofo e crítico da cultura de massa.
Na sua casa, uma antiga escola jesuíta aninhada nas colinas perto de Rimini, Umberto Eco apresenta a sua biblioteca, expõe os seus métodos de trabalho e recorda a sua carreira. Mas “atrás das portas” também foram reveladas partes menos conhecidas da sua vida, como a infância marcada pelo fascismo. No meio de livros e caixas cheias de memórias, este intelectual de múltiplos talentos aborda, sem preconceitos, a relação com a religião, o modo como encara o sucesso, o interesse por policiais, o fascínio pelo falso, os amores e a paixão por Paris.
Aos 80 anos de idade, tocava flauta nos tempos livres e transbordava energia, ideias, projetos de escrita e viagens.
«Nem todas as verdades são para todos os ouvidos. As mentiras são bem mais fascinantes.» Umberto Eco
