Quatro meses de combates deixaram a cidade síria praticamente destruída. Prédios desmoronados, ruas esventradas e cobertas de escombros. Pelas ruas surgem apenas combatentes curdos que há dois dias conseguiram expulsar os militantes do Estado Islâmico da cidade. Os residentes há muito que fugiram.
O Alto Comissariado da ONU para os Refugiados denunciou em Genebra, Suíça, o "monstruoso desprezo pela vida" mostrado pelo Estado Islâmico, após a execução de centenas de civis no Iraque, muitos dos quais mulheres que desempenhavam cargos de responsabilidade.
É um dos segredos bem guardados pelos jihadistas, do qual os Governos e organizações internacionais são cúmplices por alegadas questões de segurança. Ninguém sabe exatamente quantos são os reféns ocidentais detidos na Síria, pelo Estado Islâmico ou outros grupos extremistas.
O Estado Islâmico tem feito reféns milhares de mulheres e de crianças para usar como escravas. Capturou vários membros da minoria Yazidi durante um ataque ao norte do Iraque, no verão passado. Para escapar, algumas mulheres tiveram que esconder-se debaixo da terra.
O Estado Islâmico tem feito reféns milhares de mulheres e de crianças para usar como escravas. Capturou vários membros da minoria Yazidi durante um ataque ao norte do Iraque, no verão passado. Para escapar, algumas mulheres tiveram que esconder-se debaixo da terra.
Beirute pediu na quinta-feira à ONU que deixe de registar refugiados sírios e iraquianos, menos de uma semana após decidir limitar drasticamente a sua entrada no país. Só os deslocados cujo dossier tenha sido aprovado pelo governo terão agora acesso ao estatuto de refugiados.
"Com o inverno à porta 2,8 milhões de pessoas estão a precisar de ajuda alimentar e cerca de 800.000 de alojamento urgente", refere um comunicado da ONU.
Em Agosto a ACNUR preparava 12 novos campos de refugiados, que ameaçavam desde logo não chegar para as necessidades. E onde, além da alimentação e do abrigo, se revelava necessário dar apoio psicológico a pessoas aterrorizadas, que viram familiares e vizinhos ser raptados ou executados de forma atroz.
Casas de amigos e de familiares, igrejas e mesquitas, centros coletivos e escolas, até hotéis e motéis, edifícios abandonados, a própria rua. Acolhem quase dois milhões de pessoas que ficaram sem casa no Iraque, desde Janeiro de 2014, após fugir do EIIL em busca de auxílio e de refúgio. Mas a pressão sobre os locais que os receberam é tremenda.
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