A discordância de alguns militantes do PCP com a orientação do partido começa a formar-se em especial após os violentos protestos de 1 de Maio de 1962. Com a radicalismo da população a subir de tom e a ânsia por uma atuação mais reacionária, nascem as raízes da extrema esquerda em Portugal, como explica o professor José Manuel Lopes Cordeiro e o próprio Rui D’Espiney.
A Frente de Ação Popular (FAP) nasce em Paris. São fundadores Francisco Martins Rodrigues, João Pulido Valente e Rui D’Espiney.
Segue-se quase em simultâneo a criação do Comité Marxista-Leninista Português (CMLP).
No regresso a Portugal, os elementos da FAP são denunciados no Avante!
Em 1966, após denuncia de um infiltrado, com a prisão de praticamente todos os elementos, a FAP é dissolvida e o CMLP passa por uma fase de “purificação” do ponto de vista ideológico.
Mas a fragmentação destes movimentos torna-se inevitável, até pela ausência da orientação teórica de Francisco Martins Rodrigues, a quem os seus pares atribuíam o papel de “grande líder”.