Francisco Martins Rodrigues e Rui D’Espiney chegam ao Tribunal Plenário já a cumprir pena pelo chamado “Crime de Belas” que resultou da execução de um infiltrado da FAP, responsável pela detenção de João Pulido Valente.
Na prisão, os três homens são sujeitos a severas torturas físicas. João Pulido Valente resiste mas fica às portas da morte. Francisco Martins Rodrigues, alegadamente sob o efeito de drogas, acaba por entregar alguns camaradas.
Ainda com o processo a decorrer, Martins Rodrigues faz sair da cadeia um extenso relatório sobre a violência da tortura, um testemunho fundamental para se perceber a dimensão do que se tinha passado.
Rui D’Espiney, Francisco Martins Rodrigues e João Pulido Valente ficaram presos até ao 25 de abril de 1974. A prisão acabou por ser um espaço de aprendizagem, onde havia lugar à reflexão e ao debate com os restantes camaradas.