Uma das mais extraordinárias obras do repertório clássico de dança, na versão de Rudolf Nureyev, aclamado bailarino e coreógrafo. Um tributo no ano em que se assinalam 80 anos do nascimento e 25 anos da morte de Nureyev e 200 anos do nascimento do coreógrafo Marius Petipa
O ‘bailado dos bailados’, assim o descreveu Rudolf Nureyev (1938-1993), talvez o maior bailarino e coreógrafo do século XX, A Bela Adormecida continua a ser uma das mais emblemáticas obras do repertório de dança. Estreado em 1890, no Teatro Mariinsky de São Petersburgo, o bailado combina o talento do coreógrafo Marius Petipa (1818-1910) e do compositor russo Piotr Iliich Tchaikovski (1840-1893). Inspirados no conto de Charles Perrault (1628-1703), imaginaram um bailado de conto de fadas (em um prólogo e três atos,) onde realidade e sonho se sobrepõem e onde fadas e madrinhas, e as forças do bem e do mal lutam pelo destino de dois jovens.
Foi somente em 1989 que Nureyev reformulou a obra, a partir da coreografia original para a Companhia de Bailado da Ópera de Paris. A partir da estrutura inicial, transmitida por gerações de bailarinos, Nureyev concebeu uma coreografia de um virtuosismo arrebatador, que alterna magníficos ensembles e sublimes pas de deux. O esplendor de uma das mais extraordinárias obras-primas do repertório clássico de dança, na produção da Ópera Nacional de Paris, com luxuosos cenários e figurinos de Ezio Frigerio e Franca Squarciapino.