Hélder Reis é uma das caras RTP mais reconhecidas pelo público. Depois da viagem com a delegação portuguesa ao Festival da Eurovisão, regressou à sua casa, todos os sábados, com o Aqui Portugal.
E abriu os braços a perguntas deixadas nas redes sociais. O resultado está aqui.
Joao Gracio – Quem é pra si a maior referência na TV?
“João, Júlio Isidro e Manuel Luís Goucha. Pela arte da pergunta, pela memória, pela inteligência da conversa.”
Pedro Oliveira – Eu gosto muito de o ver na RTP. Apresenta muito bem, parabéns pelo sucesso, mas para isso teve que trabalhar muito, não é?
“Pedro, obrigado. Sim, trabalho muito. Fiz-me a pulso. Estudei. Aprendi a fazer televisão. Vejo sempre o que faço. Nunca dou por garantido o meu trabalho. Fazer televisão é estar atento a cada detalhe, sempre. degrau a degrau. Não há grande margem para o erro. Isto exige muito de mim e eu sou um homem muito rigoroso. Não me permito a grandes erros. Para não errar, tenho de trabalhar.”
Alzira Silva – Hélder onde foste buscar tanta alegria, boa disposição, amor, carinho?
“Obrigado, Alzira. A vida é a minha grande inspiração. Na vida coloco as pessoas que gosto, que vou conhecendo, os bons sentimentos, os lugares que vou descobrindo. Gosto muito daquilo que faço, das pessoas com quem trabalho, para quem trabalho. Sou um sortudo e isso ajuda muito à minha alegria de viver.”
Eugenia Jorge – É feliz Hélder?
“Eugénia, sou totalmente feliz. No trabalho, na vida, nas relações. O que não quer dizer que não tenha dificuldades, problemas, mas o balanço é francamente positivo.”
Fatima Teixeira – É verdade que andou a estudar para padre?
“Sim, Fátima, estive a meio ano de ser padre, sou licenciado em Teologia. Há uma altura em que temos de escolher o caminho, a igreja não era o meu.”
Maria Frangoulis Folmer – Onde se realiza mais, nos programas regionais ou a apresentar em estúdio?
“Maria Folmer, gosto muito da rua, do contacto com as pessoas, da exigência da reportagem. Sou repórter há 15 anos… tenho muitos quilómetros na minha vida, conheço o país todo (sorte). Gosto do estúdio e sinto que me apetece fazer mais estúdio, ter outra serenidade, a rua exige tudo de mim, está na hora de abrandar!!!! :)”
Mena Biscaia – Quando volta de novo a Praça da Alegria no Porto, pois foi uma pena ter acabado.
“Mena…não sei. A Praça era uma marca na televisão… vamos ver o que nos reserva o futuro. A RTP tem neste momento um ótimo programa nas manhãs… vamos usufruir!”
Sandra Fonte – Para quando um programa “seu”?
“Sandra, não depende de mim, e acho que a realização de um apresentador não passa por aí. Eu gosto de comunicar. Ser repórter leva-me à porta e à terra dos portugueses. É perfeito. Ter um programa…se tiver este contacto com o público, pode ser interessante, se não tiver….acho que não me interessa muito. Não passa por aí a minha realização. Quero trabalhar…naquilo que me dá prazer.”
Fofi Maria Marina – Ser apresentador e ter de mudar várias vezes de sítio para exercer as suas funções, tem tempo para fazer que gosta? Trabalha só 8H diárias ou menos?
“Fofi, não tenho horário, estou sempre disponível. Muitas vezes sei de véspera que tenho de viajar, fazer malas, cancelar férias e compromissos. É a minha vida, as regras do meu jogo. Há dias de 16 horas, dias de 8, dias que pareciam tranquilos e se tornam horríveis. Mas no meio disso tudo procuro ter tempo para mim, para os que amo, mas a minha vida exige muito da minha família…muita paciência!! :))))”
Emília Matos – Se te convidassem para vires trabalhar para Lisboa aceitavas?
“Emília, a RTP é do país. Estar no Porto ou em Lisboa não é condição para eu fazer o meu trabalho. Há tanta gente que acha que eu vivo em Lisboa! Eu sou do país! Consigo estar em todo o lado. Haja vontade.”
Miguel Paulo Oliveira – Como foi o Festival Eurovisão da Canção?
“Miguel, Maravilhoso e trabalhoso. Muito ensaio. Trabalhei um mês antes de ir, e na eurovisão tive horas de ensaio. Sou viciado no trabalho e não gosto de errar. Ensaio, ensaio, ensaio. Representar Portugal é uma responsabilidade. Li imensas vezes os meus textos, as biografias dos concorrentes, a história do país, o país no festival. Enfim…muito detalhe. Mas adorei.”
Maria Antunes – Porque não cantaram em inglês?
“Maria, a RTP defende a nossa língua, a nossa identidade. Foi esse o motivo. Acho que vale a pena. A língua é a identidade de um povo. Cabe à RTP esta defesa, esta honra. Cantar em português é um desafio e um orgulho. Fica-nos bem.”
Luciana Oliveira – Como vão os projetos pessoais, a música, por exemplo?
“Luciana, muito bem. Estou a gravar novos temas para a minha banda pólen. Para breve!!! Estou também a preparar um livro novo. Enfim…coisas boas a caminho. Obrigado”
Neiva Paulete – Acho que o Hélder, de empregado de mesa no Praça da Alegria a apresentador, não evoluiu como se esperava. Será falta de oportunidades na RTP?
“Paulete Neiva, por acaso não acho. Repare. De empregado de mesa passei a apresentador do programa onde era empregado. Licenciei-me em jornalismo. Fiz dezenas de programas de referência da RTP, assinei muitos projetos na escrita de textos. Tenho responsabilidade editorial das minhas reportagens. Tenho total confiança de RTP para a execução de muitos trabalhos que faço. Acho um salto grande. Pode não ter uma visibilidade brutal…mas não me movo por isso. Eu conquistei o meu espaço na RTP e sou respeitado por isso. Tenho o voto de confiança. Chega-me.”
Paulo Marques – Eras tu que fazias de macaco Adriano no Big Show SIC?
“Paulo, nunca gostei de macacos :)”
Rita Jenni – Gostava de saber quando vem o Hélder e o Jorge Gabriel fazer um programa aqui à Suíça.
“Rita, quem sabe para breve. A RTP vai estreitar mais a relação com os nossos queridos emigrantes. Estarei em breve no Luxemburgo… quem sabe a Suíça para breve. Um abraço a cada imigrante. Espero que até breve! :)))”
