É comum usarmos os nomes de algumas doenças mentais como adjetivos. Dizemos que estamos num “dia esquizofrénico” ou nomeamos um colega “bipolar” só porque não conseguimos prever a sua próxima ação. Sabemos pouco sobre estas patologias e focamo-nos em caricaturas.
Reconhecer e dar um nome a algo que costumava condicionar a nossa vida é quase sempre um alívio. O rótulo ajuda a olhar de frente o que temos de combater. Para o João, ser diagnosticado com ciclotimia pô-lo num caminho de auto-descoberta que o ensina a reagir e a valorizar melhor quem está à sua volta. Não são só as condições internas que podem potenciar uma crise depressiva ou de euforia extrema, mas ter ferramentas – seja acompanhamento por um terapeuta ou medicação – determina profundamente o espaço que uma doença mental como esta pode ocupar.