A verdadeira história de um grande artista, rejeitado pela família e visto como um mero caricaturista.
Apelidado de “cafeteira” pelas suas amigas prostitutas, Henry de Toulouse-Lautrec despertou, ao longo da vida, mais críticas do que admiração. Somente após a morte é que o seu génio foi reconhecido. Durante toda a vida, Toulouse-Lautrec foi criticado pela natureza escandalosa das suas obras e o seu estilo nada académico. Foi considerado um simples caricaturista em vez de um pintor digno desse nome. O pai chegou, durante anos, a pedir-lhe que assinasse as suas obras com um pseudónimo, temendo que a honra da família fosse manchada.
Os seus amigos, eram também vanguardistas, tal como ele – pintores, artistas, poetas e escritores, incluindo Oscar Wilde, Sarah Bernhardt, e Monet, todos eles frequentadores de Montmartre. Desprezado pelo seu físico, foi entre as prostitutas que encontrou uma verdadeira família. Lautrec vivia nos bordéis, o coração do mundo da noite, da festa e da libertinagem. Sem voyeurismo ou julgamento, captou a vida íntima e às vezes cruel das suas modelos.
Nas suas obras, as mulheres são retratadas como sonhadoras, esperando ou descansando, conferindo-lhes através da sua pintura grande delicadeza e dignidade humana. Graças ao incrível material de arquivo disponível nos museus franceses, este documentário de Grégory Monro analisa as paixões e impulsos interiores deste pintor contrastante para contar a história do pequeno homem por trás do grande artista.