Uma viagem intimista de Olivier Dubois, um dos mais conceituados coreógrafos da dança contemporânea
Fascinado com a sua experiência em África, o enfant-terrible Olivier Dubois (Colmar, França, 1972) convida-nos para uma viagem onde os corpos dialogam com o cosmos num ritmo lento. Em Souls, uma peça cheia de misticismo para seis bailarinos africanos, Olivier explora a habilidade de cada pessoa para mudar o seu destino e, ao fazê-lo, mudar o do mundo.
«Jogue os dados uma segunda vez… Imagine que nós, os seis milhões de seres humanos, decidimos simultaneamente dar um passo na direção oposta à da rotação da Terra… não poríamos em causa o destino e a ordem mundial e, ao fazê-lo, não estaríamos a brincar aos deuses!» São temas que Olivier Dubois pondera na sua criação, explorando a questão do destino que está nas nossas mãos, a nossa capacidade de o colocar em risco e, em última análise, de pôr em causa o destino do mundo. O coreógrafo rebelde utiliza o abrandamento do ritmo como um esmagamento da gravidade. O desejo de um ritmo lento, que transporta corpo e alma.
Olivier Dubois fundou a sua companhia em 2006, após o sucesso do solo “Pour tout l´or du monde”. Um ano mais tarde, foi reconhecido pela sua carreira com o prémio da união de críticos profissionais e em 2011 foi eleito um dos 25 melhores bailarinos do mundo. Desde Janeiro de 2014 é diretor do centro coreográfico nacional de Roubaix, no Nord-Pas-de-Calais.