Sílvia Alberto vai entrar em 3 episódios de Bem-Vindos a Beirais. Depois de gravar uma cena, falámos com a apresentadora que se mostrou sempre muito sorridente e feliz com este novo desafio.
“Estou a sentir-me muito bem-vinda em Beirais. Já cá tinha estado como Sílvia, não como personagem, e diverti-me imenso. É mesmo divertida a forma como eles gravam, mas para mim é assustador (risos). Eles gravam a um ritmo alucinante e eu estou destreinada do ritmo da ficção.
Eu acho que em Beirais já existe uma comunidadade; o elenco está junto há um ano e meio e, portanto, o ambiente aqui é realmente familiar. Eles estão num ponto de aceleração que só se consegue com esta longevidade.”
A personagem Raquel
A Raquel é gestora de uma empresa e é irmã da Felipa. Quem é a Felipa? É o nome verdadeira de Luna.
“Até aqui não se sabia bem a história da personagem da Joana Duarte: porque é que veio parar a Beirais, o que antecedia o passado dela enquanto hippie. Só que aqui a Felipa é a Luna e ninguém sabia disso!
E é a Raquel que traz isto, que denuncia que elas são de uma família abastada, com uma herança, e ficamos a perceber que a Felipa é a hippie Luna por opção, para contrair o estilo de vida que tinha e com o qual não se identificava.”
“Aqui vos apresento a Malva, que é a Raquel a esforçar-se muito para ser hippie. Isso acontece por causa de uma notícia que ela vai receber, que a deixa perdida e sem objetivos, e, de repente, a vida da irmã parece-lhe a melhor saída para ela. E, já que ela vai ser hippie, vai ser a melhor das hippies! E vai tentar levar tudo ao extremo.
No início, achei a Raquel muito fútil, um bocadinho plástica e desinteressante. A Malva é outra coisa!
Acho que o que está a ser mais difícil – e acho que a escolha da SP foi ambiciosa – é ter de, num curto espaço de tempo, criar 3 mulheres: uma Raquel, uma Malva e uma mulher desorientada entre elas. Muitas vezes, dou por mim à procura da fase em que esta mulher está.”
“Este personagem permite-me mostrar uma faceta cómica e divertida e, por outro lado, tem aspetos mais dramáticos: subtilezas que são para mim difíceis de alcançar.
E isso tem sido o meu constante desafio.
Como te sentes como atriz?
“Desenraizada, numa casa diferente… É muito conflituoso, emocionalmente; andar a entrar e sair do personagem.
Mas é desafiante e, por isso, sabe-me bem explorar estas minhas outras valências. Sobretudo, quando chego ao final do dia e e sinto que cheguei lá.”