Catarina Furtado apresentou hoje o seu livro, chamado “O que vejo e não esqueço”, que retrata os seus muitos anos de voluntariado em países carenciados e a sua ação enquanto embaixadora de Boa Vontade do Fundo das Nações Unidas para a População.
Tal como lhe é característico, arrastou dezenas de fotógrafos, jornalistas, amigos e familiares. Muitos a quem tocou e quem conquistou. E não deixa de ser curioso o que hoje se passou na esplanada do restaurante Zambeze, em Lisboa. É que todo aquele glamour, comum a todos os eventos onde muitas celebridades e câmaras de televisão se juntam, foi criado por uma causa muito nobre: o voluntariado de Catarina Furtado junto de crianças doentes, de mães perdidas, que a levaram a escrever um livro.
Uma realidade díspar, até a roçar o irónico: canapés e cocktails a celebrar uma homenagem à coragem de largar todo o conforto para ajudar quem precisa; trocar o Restelo ou a Lapa lisboeta pela destruição no Haiti ou pelo desespero de milhares de crianças na Sudão do Sul.
Este é um livro biográfico de Catarina Furtado, mas também daqueles que a acompanharam e acompanham ao longo deste 15 anos de voluntariado.
“Biografias de pessoas que não têm nada, e pessoas que fazem tudo para que essas pessoas que têm nada tem um pouco mais.”
É um livro que a apresentadora da RTP adiou enquanto conseguiu.
“Eu tenho imenso pudor, não só em falar de mim. E pudor também em relação à dor dos outros, ao sofrimento dos outros. Porque tem de se ter algum cuidado na forma como se fala da dor dos outros. Nunca pode ser de uma forma banal, aproveitadora. E portanto fui sempre resistindo.”
Diogo Infante fez a apresentação do livro e fez também uma declaração a Catarina:
“Mana, já li. És tu, inteira. Ficaram coisas por dizer e ainda bem. O essencial é saber de onde vens para perceber para onde vais. Obrigado por me deixares fazer parte desta viagem”
Acima de tudo, “O que Vejo e Não Esqueço” é um livro sobre uma faceta de Catarina Furtado que não estamos habituados a ver. Uma Catarina Furtado sem maquilhagem, sem flashes; inspiradora. Forte e corajosa.
“É um livro sem pretensões literárias. E gostava muito que ele inspirasse os leitores; gostava de homenagear muitas das pessoas e gostava de informar; é uma espécie de jornalismo cívico, com o rigor da minha experiência.”
Galeria de fotografias do lançamento do livro de Catarina Furtado, “O que Vejo e não Esqueço”.