A história dos primórdios da globalização a partir de um grande chapéu de feltro pintado por Vermeer.
No outono de 1911, Henry Clay Frick, um abastado industrial de Nova Iorque, enriqueceu a sua coleção particular com uma obra-prima da história da arte, um quadro pintado em 1657 por Johannes Vermeer, que representa um homem virado de costas a conversar com uma atraente jovem sentada à sua frente.
Um elemento dessa pintura chama a atenção, um detalhe cujo verdadeiro significado jamais teria escapado aos contemporâneos do pintor holandês: o enorme chapéu do oficial. Para conseguir que a mão do artista incluísse esse feltro desproporcional, foram necessárias invenções, descobertas, encontros, dramas e até crimes.
O documentário de Nicolas Autheman regressa às origens da globalização através deste chapéu pintado por Vermeer, um feltro de castor cujo virtual desaparecimento na Europa levou os mercadores holandeses, apaixonados por comércio, a voltarem-se para os Estados Unidos, presidiu ao desenvolvimento de Nova Iorque e participou na criação da primeira bolsa de valores.
Uma visão única e original sobre os primórdios do nosso mundo globalizado, livremente adaptada do ensaio “O Chapéu de Vermeer – O século XVII e o Nascimento do Mundo Global” de Timothy Brook. Uma nova maneira de compreender o mundo global em que vivemos através de uma pintura do século XVII.