Uma homenagem à grandeza humana e artística de um génio que continua a surpreender
Nos seus 67 anos de vida, Leonardo da Vinci produziu um número limitado de pinturas. Cerca de quinze. Muitas delas, voluntariamente ou não, incompletas. Não se conhecem obras de escultura da sua autoria. As suas ideias arquitetónicas tiveram uma realização prática modesta, quase impercetível. Pouco ficou da sua engenharia, contudo Leonardo é um génio que continua a espantar-nos a todos. Cada nova descoberta tecnológica é confrontada com uma intuição de da Vinci nos seus fabulosos códigos.
O documentário da RAI revela a emocionante história de um génio profético que floresceu no meio das colinas da cidade de Vinci para descobrir a sua habilidade de ver a natureza e o mundo à sua volta com um olhar de “alta-definição” que previu a chegada da web e da internet. Uma viagem que presta homenagem à sua grandeza humana e artística e procura captar aquilo que os seus olhos viam.
Leonardo da Vinci nasceu em 1452, em Vinci, na Itália. Aos 17 anos, mudou-se para Florença e torna-se aprendiz de Andrea Verrochio. Durante o estágio no estúdio do artista, importante artífice da época, Leonardo pintou um anjo no quadro O Baptismo de Cristo.
Em 1472, aos 20 anos, Leonardo começou a pintar A Anunciação. Dez anos depois, mudou-se para Milão, onde trabalhou para a corte de Ludovico Sforza, como engenheiro, escultor e pintor. Neste período cria os quadros A Virgem dos Rochedos e A Última Ceia, fresco pintado com tinta a óleo na parede do refeitório do convento Santa Maria delle Grazie, igreja construída pelo Duque Lodovico.
«Um filme que evoca o génio profético de Leonardo da Vinci que, como o reflexo de uma joia preciosa, brilha através das suas obras pictóricas, mecânicas e pesquisas científicas. A história evocativa da origem do génio de Leonardo, uma flor única e rara que brotou e floresceu entre as suaves colinas de Vinci e o faz afirmar que: “os olhos são a janela da alma”. Uma viagem que nos permite admirar com particular intensidade a obra de Leonardo, de um modo único e impossível de ser feito ao vivo. Mostrando também os efeitos do tempo nas suas obras-primas que, em vez de diminuírem a sua beleza, paradoxalmente, a enriquecem e tornam ainda mais sugestiva.» – Paolo Brunatto
Em 1500, regressa a Florença, onde cria sua magnum opus, a enigmática La Gioconda – a célebre Mona Lisa (Mona é a abreviatura de madona, minha senhora em italiano, e Lisa, o nome da esposa de Francesco del Giocondo, a jovem enigmática retratada no quadro.
Em 1503, Leonardo e o também consagrado Michelangelo são convidados a pintar o fresco do Palácio Vecchio, duas pinturas entretanto destruídas e de que restam apenas esboços. Em 1516, Da Vinci passa a trabalhar para o Rei Francisco I, de França, acabando por morrer três anos mais tarde.