Tem 51 anos, é uma cara RTP, e está de volta com o formato de que mais gosta: um concurso. De segunda a sexta, na RTP1, Quem quer Ser Milionário – Alta Pressão com José Carlos Malato.
É nos concursos que se sente melhor?
“Dentro de todos os formatos, aquele onde eu gosto mais de brincar é o dos concursos. Porque tem uma componente de conhecimento, de cultura geral e do que eu fui adquirindo ao longo da vida: aprendo e também partilho. E depois o facto de as pessoas estarem numa situação de tensão faz com que sejam, por um lado, mais perspicazes, mas, ao mesmo tempo, tenham menos recursos.”
“O concurso tem essas coisas todas: um bocadinho de conversa, expomos as nossas ideias em relação aos assuntos… eu gosto muito. É de todos os formatos aquele com que eu mais me identifico.”
“Este ‘Milionário’ é mais o meu estilo. É como se aquele assento borbulhasse ou desse choques. Ali, as pessoas ou sabem ou não sabem e têm um tempo para isso, 15 segundos, ao contrário do outro. A grande diferença é que aqui há uma categoria de tempo que faz muita diferença. E não há ajudas: só tem a possibilidade de passar. É engraçado, gosto do formato.”
“Às vezes diz-se que os concursos testam a cultura geral das pessoas. Eu acho que os concursos testam a capacidade das pessoas de responder a perguntas de cultura geral debaixo de stress. A precipitação faz com que não se pare para pensar; por outro lado, a intuição é a primeira coisa que nos vem à cabeça.”
“Em termos de formato, a minha vida foi um bocadinho ao contrário. Eu venho do Quem Quer Ser Milionário – Alta Pressão para o Milionário tradicional, onde tenho a ajuda do público, de casa…
“Introduzi uma categoria de tempo que não tinha na minha vida. Era sempre tudo a correr. E agora tento fazer as coisas com mais calma.”
“Eu mantenho o mesmo registo. É como aqueles carros que mantêm a mesma performance, mas com alguns arranjos no motor. É outra coisa ter óleo mudado, ter peças novas… Fiz uma grande revisão!”
E passou na inspeção?
“Passei, e estou sempre a passar nela. Muda muito percebermos que já passaram aqueles anos em que os carros são novos, continuando a metáfora. Acho que melhorei bastante.
Entrei nos 50 anos a derrapar, com dificuldades. Com 49, tive um enfarte e agora sinto-me recuperado. O que as pessoas vão ver é exatamente o mesmo. Com mais experiência, mas com a mesma vontade e a mesma assertividade. Isso mantém-se intato!”
Já deu o prémio máximo?
“Ainda não! Já dei 30 mil e já dei 20 mil! E foi muito divertido. Na primeira emissão vai haver muitas supresas… O primeiro programa que eu gravei é o primeiro a ir para o ar. As pessoas acharam que eu até estava em forma… Já passaram 3 anos desde a época em que eu deixei de apresentar concursos, mas parece que foi ontem.”
As inscrições ainda estão abertas através do número 760 100 121 (0,60€ + IVA).
