Durante mais de 15 anos foi uma das vozes da Rádio Oxigénio. Isilda Sanches é uma das prendas que a nova Antena 3 traz. Faz-nos companhia das 16h às 19h.
Como achas que as pessoas te imaginam?
“Bem… Acho que me imaginam muito diferente daquilo que eu sou. A reação geralmente é «oh, não imaginava nada que eras assim». Se calhar imaginam uma menina, e eu não tenho assim muito ar de menina (risos)”.
A chave é a música
“A minha postura não é muito radiofónica, eu não vim para a rádio por ter um grande vozeirão. Vim para a rádio porque gostava de música, antes disso já escrevia sobre música.”
“Eu vim para a rádio para comunicar, para passar o meu gosto e conhecimento por música.”
Da seriedade ao sorriso ao microfone
“No início, gozavam comigo porque eu era super seca e antipática, mas tinha a informação e o conhecimento, e acho que foi isso que me foi mantendo.”
Aprendi que não tinha nada a ganhar com uma voz seca e dura e que se calhar era melhor levantar um pouco os cantos da boa e sorrir um bocadinho quando falo. Era só falta de à vontade, agora não é esforço nenhum. Falo ao microfone como falo normalmente, fui perdendo as defesas.”
Isilda Sanches faz companhia todos os dias, das 16h às 19h e é a voz do programa Muitos Mundos, que mostra realidades musicais fora da caixa.
O horário 16h às 19h
“Identifico-me com o horário que estou a fazer. Mas é completamente diferente fazer este horário na Oxigénio ou na Antena 3. O grande choque no início foi fazer o trânsito, a que eu não estava minimante habituada.
Agora já não penso nas diferenças, nem penso que as pessoas que estão do outro lado podem ser diferentes, ou não, nunca sabemos realmente.”
Sentes-te bem recebida?
“Sim. Está a ser uma experiência muito especial. Algumas pessoas já conhecia, trabalhei com o Nuno Reis na minha primeira experiência de rádio, an X FM, e são anos e anos de militância na música em Portugal.
Já se começam a diluir as barreiras; acho que me estou a integrar muito bem e estou a sentir um grande carinho por parte das pessoas.”
Foto: Inês Espojeira
Texto : Inês Espojeira
