Todos os anos, a RTP reúne jovens criadores, guionistas, produtores e realizadores e escolhe ideias, projetos e pilotos que ajuda a transformar em séries incríveis, contadas numa linguagem adaptada ao digital, muitas vezes multiplataforma.
Deixamos-lhe aqui algumas dessas propostas, para descobrir ou rever, numa altura em que não sair de casa é essencial para nos protegermos desta pandemia.
Ruben, João, Margarida, Nazim e Júlia – cinco jovens de contextos díspares, percorrem uma Lisboa noturna onde todas as suas pulsões e gestos interiores extravasam. Ao procurarem corresponder às normas de uma estrutura social há muito definida, descobrem, a partir de si mesmos e dos outros, uma necessidade de exploração permanente de novas perspectivas e experiências.
Cada episódio da série, produzida pela Videolotion, segue uma personagem que, ao longo do percurso, vai sendo invadida pela dormência da perpetuação dos seus gestos e pela excitação de rasgos fugazes e impalpáveis do que desconhece; alguns irão cruzar caminhos e envolver-se, outros nunca se verão.
Uma atriz sem trabalho, uma pintora que não consegue pintar e uma estudante de marketing de Coimbra juntam-se num mini apartamento desarrumado de Lisboa. As três amigas têm de partilhar o espaço, a comida e todo o tipo de situações awkward e íntimas.
Lisboa está a arder, insuportavelmente quente, os cafés típicos já não têm portugueses, as ruas já só têm turistas cansados e cobertos de suor, não há trânsito nas auto-estradas. As pequenas casas sem ar condicionado são as mais difíceis de estar no meio de tudo isto. Esta série de Filipa Amaro contém 6 episódios de 20 minutos, passa-se entre Lisboa e uma quinta no Norte onde estas três mulheres nos 20’s vão tentar fazer um filme juntas e tomar controlo da sua vida.
Se conseguem ou não, iremos ver.
Ana Amorim está solteira há um ano. Decidiu baixar as expectativas e procurar o amor na internet através de uma aplicação onde os outros utilizadores é que servem de cupido. Ana já não sabia o que era ser solteira. Há 10 anos não havia apps de encontros, nem deslizar para os DMs nem ‘RTP Play & chil’. Feito o luto pela relação, Ana inscreveu-se na app de encontros mais popular do momento: Appaixonados ™.
Contra todos os seus instintos de exigência romântica, decidiu dizer que sim a todos os encontros que conseguisse. Semanalmente pudemos escolher qual o ou a pretendente com quem a Ana se ia encontrar através da App Appaixonados. Os encontros eram vistos depois, a cada terça-feira, na app, RTP Play e Youtube! ♡
A série, produzida pela Ankylosaur, venceu o Prix Itália 70 na categoria Web Entertainment em 2018.
A coreógrafa e artista visual Alice Joana Gonçalves tem corrido o mundo a mostrar a sua performance que passa pelo próprio corpo, quase sempre nu, e pelo jogo entre o movimento e a música, o tempo e o espaço.
Esta série documental realizada a três mãos, pela própria Alice, por Pedro Cabeleira e João Pedro Fonseca, é um retrato íntimo do trabalho e da vida de Alice e mostra os bastidores, a concepção, a preparação, os ensaios, as performances. Mas é também uma análise aos meios de subsistência da atividade performativa no panorama português.
Ema vem para Lisboa e partilha casa com 4 amigos excêntricos – Jay, Beatriz, Alexandre e Lara. O seu dia-a-dia, e as noites, são marcadas por histórias divertidas, sem tabus, sobre ser jovem no novo milénio (o sexo, as drogas, a procura de emprego, a autodescoberta e o amadurecimento).
Esta série, escrita e protagonizada por Ana Correia, Helena Amaral, André Mariño, Soraia Carrega e Francisco Soares, “é para quem acorda às 3 da tarde numa quarta-feira e designa o pacote de batatas fritas aberto, na mesa de cabeceira, como pequeno almoço. Para quem já ‘fez’ metade de Lisboa e quer expandir a sua ‘mercadoria’ internacionalmente. Para quem está às 7h15 na cave do Lux, a gastar os sapatos, ao lado do João Botelho, enquanto se pergunta a que horas o supermercado abre, porque entra às 8h30 e precisa de comprar 2 latas de uma bebida energética. Para quem diz que hoje se vai deitar cedo para ir ao ginásio e está a ver Game of Thrones às 4 da manhã. Enfim, é uma série para quem é jovem, parvo e feliz na sua incoerência”.
A #CasaDoCais mereceu já uma 2ª temporada, produzida pela Promenade, a ser exibida na RTP Play.
Lenita (Carolina Torres) e Susana (Ana Valentim) vivem à margem da sociedade – trabalham para Mr. Pauls (Isac Graça) a limpar casas, mas acabam por fazer mais que isso: quando contactam com os visitantes estrangeiros, seduzem-nos. Os turistas são depois inseminados com um chip (chamado Libelinha Roxa) que permitirá os membros da sociedade secreta Welcome To Lisbon underground club ter controle total sobre eles, através de uma APP chamada “Rent-a-Turist”.
O seu destino final é macabro…
Realizada por Miguel Leão, esta é uma proposta futurista e ditópica que explora o imaginário de quem vive a realidade social dos dias de hoje, na metrópole de Lisboa. Uma perspectiva alternativa e surreal à realidade que vivemos, usada para falar sobre algo que, para a geração millenial, é muito real.
Alex é teclista, mais um que tenta começar a sua carreira musical na cidade de Lisboa.
Ambientes de fumo e copos meios-cheios são a sua forma de pensar. Renda em atraso e concertos mal pagos, o seu modo de vida… Será que os sonhos devem morrer? Ou esta é a história que vai ressuscitar as músicas de heróis caídos? Para saber é só descer um andar. É no Menos Um, o concerto já está a começar. Série desconcertante de Filipe Santos com música original de PZ.
O preconceito está em todos nós, por mais que queiramos alhear-nos dele. Seja pela cor da pele, pela religião, pela orientação sexual ou pela identidade de género, é decerto por aquilo que se vê e não se aprofunda, por aquilo que se fixou e não por aquilo que se procurou compreender.
Da autoria de Joana Martins, esta série de infotainement dá a conhecer 10 personalidades valentes que dão o corpo às balas para ensinar os outros sobre integração mas, sobretudo, sobre o quanto podemos ser todos iguais nas nossas diferenças.
A segunda temporada está já a ser pré-produzida e quem tiver uma história de preconceito para contar, na primeira pessoa, pode inscrever-se aqui.
Fred diz que Catarina é a sua ex-namorada, mas ela diz que foi só um beijinho no jogo da garrafa… A admirável história de um rapaz agarrado ao passado e de uma rapariga à procura de algo novo e fantástico!
As circunstâncias da vida voltaram a cruzá-los, agora na burlesca casa de Fred. Realizada por Rui Contra, esta é uma história de amor e descoberta entre um casal de ex-namorados que, juntos, vão explorar as absurdidades do mundo sem sair de casa.
Aqui, nada obedece à lógica. Uma série de comédia nonsense que aposta na irreverência e no envolvimento do público.
Suzana e Tiago nunca se viram. Mesmo que se conhecessem, não seriam, de todo, amigos. Ele é um software engineer letrado e tímido, ela só quer ser uma influencer famosa. Mas ambos têm o mesmo problema: estão apaixonados por pessoas que não podem ter. Suzana perdeu Pitacho, o namorado de três semanas, quando este descobriu que ela se envolveu com um homem em troca de um eyeliner.
Já Tiago nem um só dia namorou com alguém. Está apaixonado pela colega Rita, com quem nunca falou. Ela é uma deusa que namora com Daniel, o musculado do marketing. Para seduzir Rita, Tiago cria um perfil falso no Instagram: um Don Juan desejado por muitas e com milhares de likes – tudo o que ele não é na realidade.
Série atrevida e divertida escrita por Ruben R. Gomes explora a forma como os jovens adultos, dependentes das novas tecnologias, parecem alheados da realidade.
As séries RTP Lab são exibidas na RTP Play, serviço de streaming da RTP que é gratuito e não precisa de subscrição, está disponível para todos os que tenham uma ligação à internet, seja no computador, no telemóvel (pode também descarregar a aplicação na App Store e no Google Play) ou numa smartTV (nestas pode transmitir os conteúdos através de Chromecast e Airplay).