Para ver em Lisboa de 3 de dezembro a 30 de março 2014

Um acordo histórico entre o Museu Nacional de Arte Antiga e o Museu Nacional do Prado (Madrid), com vista à realização de projetos conjuntos que promovam o conhecimento das coleções dos dois museus, foi assinado em Lisboa a 9 de Setembro de 2013.

“RUBENS, BRUEGHEL, LORRAIN. A Paisagem do Norte no Museu do Prado” − é uma exposição de quase 57 pinturas de grandes mestres do século XVII e a primeira de várias iniciativas resultantes desta parceria. Será também a primeira exposição em Portugal composta exclusivamente por obras do Prado, um dos mais importantes museus do mundo.
Esta exposição temporária estará no MNAA – Museu Nacional de Arte Antiga.
A Exposição

Na segunda metade do século XVI, começa a observar-se uma mudança nas temáticas usadas pelos artistas do norte da Europa, sobretudo dos Países Baixos. Ao longo do século XVII, pintores e coleccionadores afastam-se dos motivos heróicos, característicos da pintura histórica, acercando-se de temas mais quotidianos, que passam a considerar dignos de serem representados.
Entre esses temas, encontra-se a paisagem, que acaba por tornar-se num género pictórico independente.
Esta exposição encontra-se dividida em nove núcleos, correspondentes às diversas tipologias da paisagem, surgidas na Flandres e na Holanda: “A Montanha: encruzilhada de caminhos”, “O Bosque como Cenário: a vida no bosque, o bosque bíblico e a floresta encantada, encontro de viajantes”, “Rubens e a Paisagem”, “A Vida no Campo”, “No Jardim do Palácio”, “Paisagem de Gelo e de Neve”, “Paisagem de Água: marinhas, praias, portos e rios”, “Paisagens Exóticas, Terras Longínquas” e, ainda, “Em Itália Pintam a Luz”.

Os mais destacados mestres da paisagem do século XVII compõem esta mostra, com obras tão importantes como Paisagem Alpina, de Tobias Verhaecht, A vida no Campo, A Abundância e os Quatro Elementos e Boda Campestre de Jan Brueghel o Velho, além de A Visão de Santo Huberto, pintada em colaboração com Rubens, Paisagem com Ciganos e Tiro ao Arco, de David Teniers, ou os dramáticos Cerco de Aire-sur-la-Lys, de Peeter Snayers, e Bosque, de Simon de Vlieger.

David Teniers – Paisagem com Ciganos e Tiro ao Arco

Rubens e Jan Brueghel, o Velho – A Visão de Santo Huberto

As duas tipologias mais características da paisagem do norte – a paisagem de Inverno e a paisagem de água – estão representadas, entre outras, pelas delicadas pinturas O Porto de Amesterdão no Inverno, de Hendrick Jacobsz. Um Porto de Mar ou Desembarque de Holandeses no Brasil, de Jan Peeters, aludem a terras longínquas, às quais o comércio marítimo fez chegar os holandeses.
Por último, Rubens, o grande mestre da paisagem do norte, com a soberba pintura Atalanta e Meleagro Caçando o Javali da Cálidon. A exposição termina com algumas das paisagens encomendadas pelo rei Felipe IV de Espanha a Claude Lorrain e a Jan Both, para decorar o Palácio do Bom Retiro de Madrid. Dois jovens pintores que iniciaram em Roma a chamada paisagem italianizante.

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