Paixão, prazer e arrependimento numa história sobre contradições e renúncia.
Ópera de Puccini com o aclamado tenor americano Gregory Kunde e a reconhecida soprano ucraniana Ludmyla Monastyrska
Inspirada no romance de Antoine-François Prévost (1697-1763) L’histoire du chevalier des Grieux et de Manon Lescaut, com libreto de Domenico Oliva e Luigi Illica, Giacomo Puccini (1858-1924) alcançou com a ópera ‘Manon Lescaut’ o primeiro grande triunfo. A história da ascensão e queda da cortesã Manon é contada com uma música arrebatadora, fiel aos princípios do verismo e com passagens de grande emoção como a ária “Sola, perduta, abbandonata” no 4º ato.
O Liceu de Barcelona acolhe uma nova produção, com encenação de Davide Livermore, que situa a ação no contexto da imigração do princípio do século XX, tendo como pano de fundo a memória da Ilha Ellis, nos Estados Unidos.
Ao fim da tarde, Edmondo e os seus amigos estudantes divertem-se a interpelar as raparigas que regressam do trabalho. Renato Des Grieux canta uma serenata irónica: “Entre vós, belas, morenas e loiras”. Mas eis que surge Geronte de Ravoir, o jovem sargento Lescaut e a irmã Manon. Des Grieux fica impressionado com a beleza de Manon. Ficando a sós confessa-lhe o seu amor e convence-a a fugir. Geronte fica furioso ao descobrir que Manon fugiu, mas Lescaut consola-o dizendo que em breve Manon se cansará da pobreza.
Na luxuosa casa de Geronte, Manon, que deixou Des Grieux, recorda com nostalgia o humilde apartamento onde tinha uma vida simples mas alegre. Des Grieux aparece e os dois planeiam fugir mas Manon insiste em ir buscar as jóias, o que provoca um atraso fatal. Geronte entra com os guardas e Manon é presa. A jovem está prestes a ser deportada para a América. Desesperado, Des Grieux suplica ao comandante que o deixe embarcar. No exílio, Manon e Des Grieux fogem. Exausta, a jovem pede-lhe que vá procurar água. Quando Des Grieux regressa, Manon declara-lhe uma vez mais o seu amor e morre nos seus braços.