Uma pequena história islandesa de pescadores, turistas, um vulcão e uma espingarda.
Todas as manhãs, Krilli prepara a sopa de lagosta no Bryggjan, um lugar minúsculo numa pequena cidade na Islândia. A sua mulher ajuda na cozinha e deseja voltar para Reiquiavique. No café, o irmão de Krilli, Alli, senta-se com velhos pescadores, o último pugilista da Islândia e um escritor, que traduziu o Dom Quixote para islandês. Todos os dias discutem e encontram uma nova solução para os problemas do mundo.
Uma vez por mês, os habitantes encontram-se no café para lembrar os mortos e pronunciar os seus nomes. Quatro músicos tocam jazz. Alguns turistas perdidos passam pelo porto de pesca e envolvem-se na atmosfera do café. Do outro lado da montanha encontra-se a Lagoa Azul, grande atração da ilha.
Pessoas de todo o mundo vêm à Islândia para ver os vulcões, o gelo e a génese da Terra. Mas agora a montanha, os turistas e o campo de lava parecem empurrar a vila cada vez mais em direção ao mar. O café fica no cais, agarrado ao solo, dando abrigo aos habitantes nos últimos 3.000 metros quadrados de terreno edificável do porto.
Alguns investidores querem construir um hotel. Outros querem transformar o Café Bryggjan num restaurante temático. A mulher de Krilli terá oportunidade de voltar para a capital, mas a terra não será a mesma, as histórias se afundarão no mar, a última sopa de lagosta será servida no Bryggjan e todos ficarão órfãos.