De 8 a 14 de Março, a RTP2 assinala o Dia Internacional da Mulher com programação especial

Prepare-se para ser conquistado pelo atrevimento, criatividade e determinação das mulheres em filmes, peças de teatro, concertos e documentários a não perder.

 

 

Segunda 8

As Mulheres na Arte 

Documentário de Marieke Schroder sobre as mulheres artistas no século XX. Gabriele Munter pertence à primeira geração de mulheres que se consideraram artistas profissionais. Desde aí, muita água correu debaixo da ponte e hoje em dia uma mulher não devia ter problemas em ser reconhecida como artista. No entanto, as obras de artistas masculinos têm valores significativamente mais elevados no mercado da arte.

Paradoxalmente, porém, é o próprio mercado que regula esta desproporção, pois as obras de mulheres artistas, hoje com mais de 80 anos de idade, são verdadeiros tesouros: desconhecidas, mas muito valiosas.

 

Bárbara

Um filme perverso e inteligente, passado na Alemanha durante a Guerra Fria, e que valeu o Festival de Berlim a Christian Petzold. 

A protagonista é Bárbara, interpreteda por Nina Hoss, uma médica pediatra que foi transferida de Berlim para um pequeno hospital de província, em 1980. A nova colocação surgiu como represália por se ter candidatado a um visto para emigrar para o lado Ocidental do país onde se encontra o namorado.

Jorg prepara a fuga de Bárbara enquanto a médica aguarda.

 

 

O novo apartamento, os vizinhos, o Verão e o campo nada representam para Bárbara. A médica trabalha na secção de cirurgia infantil, sob a direção do novo chefe André. É atenciosa com os pacientes, mas distante com os colegas.

André deixa-a confusa com a confiança que deposita nas suas capacidades profissionais, a dedicação e o sorriso. Será que está apaixonado por ela? Ou será apenas um espião contratado para seguir os seus passos e revelá-los às autoridades?

 

Terça 9

Jane, A Nova Geração

Um olhar inspirador sobre a vida e os projetos ambientais e sociais de Jane Goodall, primatologista, paleontóloga, etnóloga e pioneira de renome mundial. A mensagem de Jane é clara: as novas gerações são a maior esperança para um amanhã mais brilhante. Um exemplo notável dessa esperança é o seu neto Merlin, que acompanhamos em paralelo pela Tanzânia, onde tudo começou para Jane quando decidiu deixar a vida britânica para viver na floresta com os chimpanzés.

O documentário de Pascal Sarragot apresenta um retrato íntimo e uma perspetiva emocionante sobre a experiência e o ativismo de Jane Goodall, que deixa uma mensagem de esperança para o futuro.

 

À Procura do Amor – A História de Beate Uhse

A história de uma brilhante empresária que fundou a primeira sex shop do mundo. O filme biográfico de Hansjorg Thurn relata a história desta empresária de sucesso que dedicou a vida a derrubar o muro da vergonha atrás do qual gerações relegaram a sua sexualidade.

 

 

Uma das personalidades mais controversas do seu tempo, Beate Uhse foi um espírito livre que ansiava por amor, segurança e uma vida familiar feliz, uma forasteira que rejeitou muitos dos pontos de vista de uma sociedade da qual queria fazer parte. Uma mulher acusada de encorajar a promiscuidade e todo o tipo de libertinagem, premiada com a Cruz do Mérito pelo governo alemão em 1989.

 

Toni Morrison e os Fantasmas da América

Documentário de Claire Laborey sobre Toni Morrison, a primeira autora negra a receber o Prémio Nobel de Literatura, falecida a 5 de agosto de 2019, aos 88 anos de idade. Autora de onze livros, traduzidos para dezenas de idiomas, é uma figura de destaque na literatura afro-americana. A escritora, que Barack Obama recordou como “um tesouro nacional”, no dia seguinte à sua morte, deixou uma marca significativa na história dos Estados Unidos através dos seus compromissos e da revolução literária e cultural que iniciou.

Durante quase 50 anos, alternadamente crítica, editora, professora, prolífica autora de romances, poemas e ensaios, Toni Morrison reivindicou a invenção da escrita negra e trouxe à luz o que era calado e sufocado na história norte-americana.
Uma escritora que coloca palavras e designa o que é silenciado e reprimido: a história dos negros.

 

Quarta 10

Em Busca de Cleópatra

A verdadeira mulher por trás do mito. A última rainha do Egito é um ícone da cultura popular, e este documentário revela as últimas pesquisas e descobertas arqueológicas para desvendar o mistério da enigmática soberana.

 

 

Descobrimos que Cleópatra é mais do que a narrativa romântica que a rodeou até hoje e que foi na verdade uma erudita académica e matemática.

Em Taposiris Magna, no Egito, a arqueóloga Dra. Kathleen Martinez procura o túmulo do faraó mais famoso do mundo e, usando arqueologia meticulosa e tecnologia de ponta, faz descobertas raras e únicas que incluem um surpreendente túmulo com duas múmias, decorado com folhas de ouro, intocado há 2000 anos.

Na busca do seu lugar de descanso final, o documentário reconstrói a vida de Cleópatra e revoluciona a nossa compreensão de quem foi e como vivia a mítica rainha do Egito.

 

Bauhaus 

Filme de época do cineasta alemão Gregor Schnitzler (‘A Nuvem’) que acompanha a história de dois jovens estudantes que se apaixonam na revolucionária escola de design.

 

 

Na década de 1920, a escola de design Bauhaus, em Weimar, revoluciona a arte, a arquitetura e o design, à medida que o partido nazi ganha poder político. A talentosa Lotte, contra a vontade da família, ingressa na escola, onde conhece e se apaixona por Paul. Os dois sonham construir uma vida e uma família juntos, enquanto perseguem as suas carreiras. Enfrentando a discriminação, Lotte descobre que este é principalmente um mundo de Homens.

Inspirado na carreira da designer Alma Siedhoff-Buscher (1899-1944), que, contra a vontade dos pais, entra na famosa escola de design, criada em 1919, e faz parte de toda uma geração de artistas que quis acabar com a estagnação do Império Alemão e iluminar uma nova era, reivindicando, contra a discriminação de género, o papel das mulheres na arquitetura e design.

 

Quinta 11

A História do Calçado

Documentário de Marianne Latham que explica como os sapatos evoluíram e o que revelam, ao ritmo da História, mitos, poesia infantil, folclore e filmes de Hollywood.

Os sapatos foram quase sempre um objeto que simboliza estatuto, poder ou erotismo. Um acessório que revela muito sobre a nossa sociedade. A altura dos saltos, a espessura da sola ou o formato da ponta são elementos nos quais podemos observar os caprichos económicos de uma época, a ascensão e queda da prosperidade, guerras que se anunciam e mudanças na cultura sexual. Dos primeiros sapatos rudimentares até aos acetinados, altos e muito caros Louboutins, ou ao “sapato perfeito” imaginado pelos famosos designers Johanna Preston e Petr Zly, os sapatos assumiram milhares de formas diferentes e tornaram-se um verdadeiro objeto de estudo histórico.

 

Ottilie Von Faber-Castell – Uma Mulher Ousada

Filme em 2 partes da cineasta alemã Claudia Garde.

 

 

O fabricante de lápis Lothar von Faber nomeia a neta Ottilie (interpretada por Kristin Suckow), de 16 anos de idade, herdeira da empresa. Lothar acredita firmemente no seu talento e na sua vontade de se afirmar, mas também sabe que não terá muito tempo para a preparar para as responsabilidades futuras.

Num mundo exclusivamente masculino, Ottilie precisa aprender meticulosamente tudo sobre o negócio do lápis, desde o fabrico ao marketing, e de usar todo o seu talento. Enquanto lidera o negócio rumo a um grande sucesso, Ottilie casa-se com o Conde Castell mas o seu coração bate secretamente pelo ousado Philipp von Brand. Para poder viver com independência, Ottilie tem de lutar contra a resistência social e familiar.

 

Maria Gabriela Llansol: Um Olhar Intenso Pode Incendiar o Texto

Foi uma das mais geniais autoras portuguesas – “o próximo grande mito literário português”, como afirmou Eduardo Lourenço. Através de depoimentos de pessoas próximas, especialistas e ensaístas, o documentário de Abílio Leitão abre caminhos para a compreensão de Maria Gabriela Llansol, uma das mais originais e inquietantes autoras da ficção portuguesa contemporânea.

Construído como se de uma peça de teatro se tratasse, o documentário cruza momentos da vida e obra da autora com a leitura de textos da sua autoria, e recorre a imagens e outros materiais de arquivo. “Escrever é o duplo de viver”, ou: “A minha maior responsabilidade é contribuir para que um livro seja um ser” refere a autora no seu livro “Falcão no Punho”. Ficção e realidade são, assim, neste documentário, tal como o foram para a autora, uma só coisa.

 

 

Sexta 12

Lady Newton e a Felicidade 

A vida e obra de Émilie Du Chatelet, uma das mulheres mais fascinantes e influentes do Iluminismo cujo trabalho levou à compreensão do método científico de Isaac Newton. Autora do livro ‘Discurso sobre a Felicidade” e tradutora da complicadíssima obra de Newton ‘Princípios Matemáticos’, o mais importante tratado científico da História, escrito originalmente em latim, Émilie tornou a ciência newtoniana compreensível aos seus contemporâneos, numa Europa continental ancorada há muito na velha visão do conhecimento.

Mas os seus méritos intelectuais foram eclipsados pela relação amorosa com Voltaire (1694-1778). Se tivesse nascido homem, as suas paixões não teriam recebido tanta relevância. Com a colaboração inestimável das eminentes historiadoras Isabel Morant, Geneviève Artigas-Menant, Danielle Muzerelle e Judith Zinsser e apresentado pela aclamada atriz espanhola Aitana Sánchez-Gijón, o documentário de Luis Sánchez-Gijón tem uma abordagem visual atraente, onde o humor e o rigor histórico coexistem harmoniosamente.

A história foi escrita essencialmente por homens, talvez por isso existam tantas mulheres cuja importância foi eclipsada. Se acreditássemos no que dizem as enciclopédias antigas, Émilie seria conhecida apenas como ‘a amante de Voltaire’. Mas Du Châtelet era uma mulher fascinante, a quem devemos muito mais do que imaginamos. A sua história mostra as dificuldades que as mulheres foram tendo ao longo do tempo para conseguir um lugar no espaço público. Um espaço que tem muitas lacunas a serem colmatadas.

 

Fotografia

Filme do cineasta indiano Ritesh Batra (‘A Lancheira’). Uma história de amor na sociedade indiana entre a tradição e o progresso.

 

 

Rafi é um fotógrafo de meia-idade, solteiro, solitário e de classe baixa que ganha a vida fotografar transeuntes nas ruas de Mumbai em troca de algum dinheiro. A avó, já idosa, sonha casá-lo antes de morrer e relembra-o disso a cada oportunidade. É assim que, cedendo à pressão, usa uma fotografia que tirou a uma desconhecida e mostra-a à avó, dizendo-lhe que é a rapariga com quem se irá casar em breve.

Mas quando a velha senhora insiste em conhecê-la, Rafi apenas encontra uma solução: percorrer as ruas da cidade até a reencontrar e pedir-lhe que se faça passar por sua noiva durante a visita da família. Miloni é uma jovem estudante de classe média, introvertida e calada, que parece quase sentir-se presa pelos limites que vêm de mão dada aos privilégios da sua posição na hierarquia social. Ao aceitar tornar-se cúmplice daquela mentira, a jovem vai alterar, para sempre, o seu destino e o de todos os envolvidos. Apesar das grandes diferenças culturais que os separam, os dois desenvolvem uma ligação surpreendente que os leva a questionar a forma como olham o mundo.

 

Sábado 13

Gaudiopolis: A República das Crianças

A história de uma democracia criada pelas crianças na Hungria do pós-guerra, num documentário de Frederic Tonolli.

Nos escombros da capital húngara devastada pela guerra, o pastor protestante Gabor Sztehlo acolhe órfãos, num amplo edifício na região de Buda. Centenas de crianças e jovens, de todas as religiões, origem social ou nacionalidade, que perderam os pais na guerra, chegam a “Gaudiópolis”, a “cidade da alegria”.

Sztehlo tem uma ideia: deixar as crianças criarem a sua própria democracia, a sua própria república. Depressa surge uma Constituição, um Presidente, um Tribunal, um Delegado de Polícia, e até um jornal e notas de dinheiro, e desenvolvem formas de convivência para uma sociedade de confiança, generosidade, responsabilidade e cuidado. Um projeto inovador que viria a terminar por volta de 1950, com a instauração do regime estalinista na Hungria.

 

Avant-Garde 

Peça de teatro sobre a imortalidade com encenação de Nuno Nolasco e texto de Bernardo Gavina. A constante procura pela eternidade que nos move todos os dias, mesmo sem termos consciência que é ela que nos move. Cinco personagens partilham as suas ideias para chegarem individualmente ou em conjunto ao objetivo de serem eternizados na memória da sua rua, da sua cidade ou do seu país.

 

 

Todos queremos ser a vanguarda ou os vanguardistas do nosso tempo, nomeados nem que seja postumamente. Quem assina por baixo uma glória tão grande, mesmo que não tenha a possibilidade de a viver? Talvez o nome de uma rua sem saída já seja suficiente. É mais provável do que ficar na memória de gerações por teres escrito ou interpretado um texto de teatro. Avant-Garde confronta o mundo com as suas escolhas banais e constante elevação a deuses quotidianos daqueles que apenas aparecem mais aos nossos olhos, os que mais gritam.

Hoje, a democracia também pode ser um vírus com o qual temos de lidar se queremos controlar o que aí vem e impulsionar um mundo melhor para os que ficarão depois de partirmos. A eterna memória talvez devesse ser seletiva.

 

Dot.Com 

“Comédia humanista” do cineasta português Luís Galvão Teles (‘Tudo Isto é Fado’). Parcialmente rodado na aldeia de Dornes, em Ferreira do Zêzere, conta a divertida história de uma resistência patriótica contra a tentativa de roubo do nome de um site por uma empresa de Madrid.

Uma pequena aldeia do interior de Portugal, Águas Altas, é confrontada por uma multinacional espanhola. A empresa de Madrid pressiona os aldeões a fechar o site oficial da comunidade porque reclama o nome para o lançamento no mercado da sua marca de água mineral. A maioria dos moradores entende que devem enfrentar a empresa espanhola, já que o nome Águas Altas batizou a cidade há pelo menos oitocentos anos.

Pedro (João Tempera), jovem engenheiro de 27 anos desterrado numa pequena aldeia do Norte de Portugal, pretende ser transferido de volta para Lisboa. Depois de cancelado o projeto de estrada que ali o levara, nada mais o prende a esse lugar perdido no meio de parte nenhuma. Quando a transferência está iminente, Pedro recebe uma carta de uma multinacional intimando-o a fechar o website da aldeia, criado por Pedro, por infração à legislação de copyright, sob a ameaça de um pedido de indemnização de 500.000 euros. O site foi criado em nome da Associação da Aldeia e só esta o pode fechar e uma grande parte dos habitantes da aldeia é contra o encerramento do site. Se o site justifica um pedido de indemnização de 500.000 euros, então é porque vale esse dinheiro e se a multinacional o quer, que o compre! Rapidamente a situação se torna incontrolável, sobretudo a partir do momento em que chega aos ouvidos dos meios de comunicação social. E sob a luz dos projetores, os habitantes da aldeia começam também a mudar – nem sempre para melhor.

 

Domingo 14

An Irrepressible Woman

Filme do cineasta francês Laurent Heynemann, baseado numa história verídica. O retrato de uma mulher determinada e romântica durante a segunda guerra mundial.

 

 

França, 1940. Jeanne ‘Janot’ Reichenbach (Elsa Zylberstein), uma judia rica, decide abandonar o marido e o filho para salvar o homem que sempre amou: Leon Blum (Hippolyte Girardot), famoso político socialista, três vezes primeiro-ministro. Em vez de fugir do país ocupado pelos alemães, Janot viaja pela Europa, sacrificando a sua liberdade, para se juntar ao seu amor de adolescência no campo de concentração de Buchenwald. Por amor, uma mulher abandona tudo, luxo, conforto, marido e filho, para acompanhar o destino de um político ameaçado pela chegada dos nazis. Leon Blum refugia-se no sul da França, mas será preso numa fortaleza na fronteira espanhola. Levado perante juízes tendenciosos de um julgamento injusto, é deportado para a Alemanha.

Janot escuta apenas o seu coração, e decide cruzar a Europa para voluntariamente se juntar ao homem por quem se apaixonou na adolescência, para com ele ultrapassar essa provação. Janot representa tudo o que o amor pode dar de força e desejo de viver. Os dois serão acompanhados na sua jornada por Renée, a nora de Blum, cuja relação com Janot irá evoluir da agressividade franca à cumplicidade amigável. Enclausurado com o casal na pequena cabana de caça adjacente ao campo de Buchenwald, Georges Mandel testemunhará, apesar das divergências políticas e de uma outra ideia dos seus papeis na história, a sua coragem, lucidez e humor. Os sentimentos de Janot, em relação ao ex-marido e ao filho, alimentam-se da culpa, mas exprimem ternura, prometem-se nas adversidades, e são garantidos na paixão e no riso libertador. Mas também se afirmam como uma definição de paixão amorosa na decisão comum de se apoiarem mutuamente porque se amam.

 

Josh Groban

A voz mais inconfundível do mundo num espetacular concerto ao vivo em Madison Square Garden.

O multipremiado cantor e compositor norte-americano Josh Groban apresenta-se ao vivo no célebre Madison Square Garden para um espetáculo que conta com a participação especial da premiada cantora Idina Menzel e da cantora Jennifer Nettles, do duo Sugarland.

 

 

Começando com o tema ‘Bigger Than Us’ do novo álbum ‘Bridges’ o concerto apresenta uma mistura eletrizante dos seus temas mais aclamados, novas canções e covers especiais, incluindo o standard ‘Pure Imagination’, ‘She Always a Woman’ de Billy Joel e ‘Bring Him Home’ de ‘Les Miserables’.