A iniciativa tem como missão sensibilizar a sociedade e angariar fundos para a investigação biomédica em Portugal.

O objetivo principal do Projeto Solidário Maratona da Saúde é aprofundar o conhecimento das doenças sem cura e acelerar a descoberta de terapêuticas mais eficazes. António Coutinho, presidente da Maratona da Saúde, explicou o projeto.

“Os fundos públicos são limitados. Esta área da saúde recebe cerca de 10 a 12% dos fundos públicos. A prevalência de doenças como o cancro, a diabetes, a obesidade, as doenças cardiovasculares, as doenças neurodegenerativas é grande em Portugal e há gente capaz em Portugal para avançar o estudo dessas doenças e das terapêuticas eventuais.”

Esta é uma iniciativa que já tem história noutros países da Europa e que se repercutiu em projetos como o Stand Up to Cancer no Reino Unido. Nas escolas, nas associações locais e por intermédio de caras conhecidas o maior objetivo será a sensibilização das pessoas para fazer recuar as estatísticas em relação a estas doenças e melhorar a capacidade de investigação científica em Portugal.

1ª Edição vai ser dedicada ao Cancro

O Auditório da RTP serviu como ponto de partida para dar a conhecer ao público o que é o projeto Maratona da Saúde e de que forma é que a estação pública estará associada a esta iniciativa.
“Informar, sensibilizar, angariar fundos para a investigação. A Maratona da Saúde terá um espaço nos programas de day-time da RTP, cumprindo não só serviço público mas assumindo um compromisso com o futuro”, explicou Luiana Nunes, membro do Conselho de Administração da RTP.

António Coutinho, Presidente da Maratona da Saúde, deixou claro que a distribuição do fundos angariados será da responsabilidade da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT). “Portugal tem muitas instituições de investigação com competitividade mundial de grande valor. Temos de ter consciência que há gente que dá a sua vida para fazer recuar a dor e a ignorância sobre esta doença”.

O contrato com a estação pública – envolvendo todas as plataformas do grupo RTP – é de 5 anos. Cada ano tratará de um tema diferente. Em março de 2014 um espetáculo de grande dimensão será dedicado ao tema do cancro, mas nos anos posteriores a Maratona da Saúde vai focar-se noutras outras doenças, como a diabetes, as doenças cardiovasculares, as doenças autoimunes e as doenças degenerativas.
Maria João Leão e Sofia Rodrigues foram nomeadas pelo Presidente da Maratona da Saúde como “as almas do projeto” e desde logo se mostraram muito entusiasmadas: “Conseguir implementar um projeto destes em Portugal, que tem tanto sucesso noutros países, é uma emoção!”
A Maratona da Saúde já tem site (http://www.maratonadasaude.pt/) e está também nas redes sociais – facebooktwitter e youtube.
As campanhas dedicadas a cada tema podem ser encontradas no site e pedem a participação de todos os portugueses, os que estão em Portugal mas também contando com todos os emigrantes. Para chegar a todos, o Conselho de Instituições de Investigação Biomédica terá vários pontos de identificação em vários sítios do país, fazendo a ponte entre os objetivos desta iniciativa e as atividades desenvolvidas.

Jorge Gabriel deixa testemunho pessoal
O apresentador da RTP revelou este ano que teve um cancro da pele. O melanoma maligno foi no entanto detetado numa fase inicial, o que facilitou o tratamento.
“Deixo um pedido a todos os que investigam: encontrem, durante o vosso trabalho, um período para irem junto dos doentes… Para eles se agarrarem à esperança que vocês vão alimentando com o vosso trabalho. Porque acreditem quando vos digo que, quando as visitas da família acabam, eles esperam sempre que entre um especialista que possa adiantar uma solução para o seu problema. Muito me orgulha que haja pessoas que se preocupem com o próximo… sem conhecerem o próximo”.
Kátia Guerreiro é embaixadora da Maratona da Saúde e fixou a sua intervenção no facto de esta iniciativa ter no seu plano de trabalhos a sensibilização das crianças para as doenças de que tratará e na busca de terapêuticas mais leves. “Estar junto de uma comunidade científica empenhada na ajuda, no diagnóstico… renova-nos a esperança. Quanto mais recursos, mas nos poderá ajudar!”

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