A incrível e louca história da pequena caixa preta que revolucionou a nossa vida e se tornou num objeto de culto
Nos anos 1980, o VHS soprou ventos de liberdade desde os Estados Unidos até à Rússia. O último fabricante de cassetes vídeo terminou a produção em 2016. Mas o VHS ainda resiste. Uma geração inteira cresceu com cassetes vídeo e sentiu-se livre por sua causa. Ser capaz de gravar libertou-nos da ditadura dos programas de televisão, provocando a ira dos estúdios e canais que viram diminuir as receitas do cinema e da publicidade.
O VHS, as câmaras de filmar e os clubes de vídeo desencadearam uma segunda revolução: a produção de filmes de baixo orçamento para serem visionados em privado. A pornografia permitiu um enorme desenvolvimento do mercado de vídeos, que por sua vez fez crescer o cinema de terror. Para o melhor e para o pior, o VHS ultrapassou os limites da decência e moldou, através dos filmes kitsch e gore, a imaginação de muitos adolescentes.
Recorrendo a testemunhos de pioneiros do vídeo como Ray Glasser ou Mike Raso, este documentário de Dimitri Kourtchine mergulha na delirante cultura visual originada pelos media, com exemplos tão improváveis como jogos televisivos caninos, manuais de sedução ou aulas de aeróbica segurando um bebé.
