Estreia: Sábado, 3 de Março às 22:15, na RTP2.

Ópera de Berlioz com a soprano portuguesa Elisabete Matos, numa produção do famoso grupo de teatro catalão ‘La Fura dels Baus’

 

As óperas monumentais merecem grandes encenações e “Os Troianos” de Hector Berlioz (1803- 1869) é uma dessas obras. Com ensembles, bailados, grandes partes corais e orquestrais, esta grande ópera recebe um tratamento apropriado numa produção do famoso e controverso grupo de teatro catalão ‘La Fura dels Baus’, num espetáculo majestoso gravado no Palau de les Arts de Valência.

Na primeira parte, o encenador Carlus Padrissa joga com o significado da palavra “Trojan” como um vírus informático. O seu “Cavalo de Troia” leva no interior uma infeção que irá causar a falha do sistema e, em última análise, a destruição. Na segunda parte, Cartago é apresentada como a sede misteriosa de uma civilização futura, onde a humanidade caminha para a autodestruição causada pelos desastres ambientais.

Os Troianos”, ópera em 5 atos, é baseada na Eneida, de Virgílio, um dos grandes poemas épicos da literatura mundial. Os gregos retiram-se de Tróia após um prolongado cerco e deixam para trás um grande cavalo de madeira. Os troianos reúnem-se para celebrar e transportam o cavalo, que alberga soldados gregos no interior, para dentro da cidade. A profetisa Cassandra avisa que Tróia está condenada, mas é ignorada.

O espectro de Heitor aparece a Eneias e diz-lhe para partir para Itália onde irá fundar um poderoso império. Em Cartago, o povo celebra sete anos de paz e prosperidade e louvam a sua rainha Dido mas chegam os troianos e Eneias combate em defesa da cidade. Dido e Eneias expressam o seu amor. Dividido, Eneias acaba por partir para Itália onde irá cumprir o seu destino. Ao ouvir que a frota de Eneias se fez ao mar, Dido agarra num punhal e mata-se.

 

Ficha Técnica

Título Original

Les Troyens

Direção

Valery Gergieva | Fura dels Baus

Encenação

Carlus Padrissa

Personagens e intérpretes

Lance Ryan (Eneias), Elisabete Matos (Cassandra), Gabriele Viviani (Corebo), Askar Abdrazakov (Príamo), Daniela Barcellona (Dido), Oksana Shilova (Ascânio), Giorgio Giuseppini (Panto), Stephen Milling (Narbal), Eric Cutler (Iopas), Zlata Bulicheva (Ana) e Dmitri Voropaev (Hylas)

Coro

Coro de la Generalitat Valenciana

Orquestra

Orquestra de la Comunitat Valenciana

Cenografia

Roland Olbeter

Vídeo

Frank Aleu

Iluminação

Peter van Praet

Figurinos

Chu Uroz

Produção

Teatro Mariinski de São Petersburgo e Teatro Wielki de Varsóvia

Ano

2009

Duração

270'