Estreia: Terça, 29 de Junho às 23:20, na RTP2

Passadas 5 gerações e 150 anos sobre o seu nascimento, que legado deixou Alfredo da Silva, o homem por detrás da CUF, um dos maiores grupos industriais da Europa?

 

Alfredo da Silva (1871-1942) lançou as sementes daquele que viria a ser um dos maiores grupos industriais da Europa – a CUF. O documentário de António José de Almeida dá a conhecer o homem que construiu um império, apesar de se ter confrontado com duas guerras mundiais, sobrevivido a três atentados, vivido exilado em Madrid e Paris, sofrido as consequências da Grande Depressão e ter estado a um passo de perder tudo.

Numa altura em que o país era eminentemente agrário e comercial e vivia distante dos países mais industrializados da Europa, Alfredo da Silva colocou em marcha a sua visão, ficando para a história como o maior industrial português do século XX. Enquanto Portugal vivia a transição da monarquia para a república, Alfredo da Silva criava no Barreiro as bases para o maior grupo empresarial português, dos químicos aos sabões, dos têxteis à metalomecânica. Em simultâneo construía um conjunto incomparável de infraestruturas sociais, antecipando o papel do Estado na prestação de apoios sem paralelo, com escolas, infantário, despensa, refeitórios, posto médico, maternidade, grupo desportivo, cinema.

Havia quem lhe chamasse um país dentro do país. Quando morreu, Alfredo da Silva tinha assegurado o futuro das empresas. O seu legado foi ampliado pelos descendentes Silva Mello ao ponto de, por altura do 25 de Abril de 74, o Grupo CUF ter um peso de 5% no PIB nacional, ao nível dos maiores da Europa. Mas a História haveria de repetir-se, um pouco à semelhança do que aconteceu com Alfredo da Silva. Os descendentes viriam a ser obrigados ao exílio e o grupo haveria de se desmoronar para se voltar a erguer.

 

Ficha Técnica

Título

Alfredo da Silva - A Obra Maior que a Vida

Autoria

Anabela Almeida

Realização

António José de Almeida

Produção

Panavideo

Ano

2021

Duração

60'