Arquivos inéditos desvendam o mistério do genial inventor dos efeitos especiais.
Georges Méliès, o genial inventor dos efeitos especiais, rodou mais de 500 filmes entre 1896 e 1913 e abriu caminho para muitos outros. Em 1923, arruinado e desesperado, queimou as películas e os sonhos encantados transformaram-se em fumo.
Entre arquivos internacionais e a descoberta de negativos, o documentário de Serge Bromberg e Eric Lange leva-nos a rever a beleza dos seus filmes. Primeiro, descobrimos quem foi Georges Méliès e como chegou a este espetacular sacrifício. Depois iniciamos uma busca frenética pelos filmes, em caves e sótãos, até à recente descoberta de um tesouro incrível… um feito que se pensava impossível!
Num gesto de desespero, o realizador de O Encouraçado Maine (1898), A Caverna Maldita (1898), Cleópatra (1899), Cristo Caminhando Sobre as Águas (1899), Joana D’Arc (1900) e Viagem à Lua (1902) queimou, um a um, os 520 negativos originais de todos os seus filmes e todas as cópias dos filmes que o tornaram famoso. Em 1929 restavam apenas 8 filmes ainda em circulação, três dos quais incompletos – os últimos vestígios de uma obra que queria efémera.
Méliès, o mágico, sem saber, pregou-nos uma partida à sua maneira. E, como o coelho que sai da cartola, os negativos que se transformaram em fumo reapareceram do outro lado do mundo. É de se tirar o chapéu, Senhor Méliès.
