Ópera Bufa de Jacques Offenbach, na produção da Ópera Nacional de Lyon.
O brilhante libreto de Henri Meilhac e Ludovic Halévy reescreve a história de Charles Perrault da seguinte forma: Saphir e Fleurette vivem como pastores e amam-se.
Na realidade Fleurette é Hermia, a filha do Rei Bobèche e Saphir um príncipe, que se disfarçou para estar perto da sua amada. Barba Azul, que recentemente envenenou a quinta mulher, envia o alquimista Popolani à aldeia para encontrar uma jovem camponesa imaculada para se tornar a sua sexta mulher.
Popolani escolhe Boulotte, que é tudo menos casta, mas Barba Azul fica encantado. No entanto, quando avista Fleurette, ordena a Popolani que administre a Boulotte uma forte poção para dormir, como já fez com as mulheres anteriores.
Quando Fleurette é finalmente reconhecida pelo pai, o rei Bobèche, e se prepara para casar com o príncipe, Barba Azul tenta interferir, mas é impedido pela chegada de Boulotte, que acordou as outras mulheres e as levou ao castelo disfarçadas de ciganas. Barba Azul não tem outra escolha a não ser terminar os dias com a astuta Boulotte.
Escusado será dizer que, na época, o censor não encontrou nas entrelinhas a crítica mordaz à alta sociedade do Segundo Império e a Napoleão III.