Pode ser difícil voltar a ser-se quem se era, mas no final vale a pena
Situada na Tanzânia durante a década de 1980, Liberty segue dois jovens de origens muito diferentes. Christian (Anton Hjejle) é o filho de expatriados dinamarqueses, enquanto Marcus (Charlie Karumi) trabalha como criado de uma família sueca à espera que eles o levem para a Europa quando regressarem a casa. A amizade dos rapazes define um continente dividido… Quando decidem entrar num negócio juntos, são inadvertidamente colocados em rota de colisão. Mas será amor ou dinheiro que os separa?
Enquanto isso, num país marcado pela corrupção, as autoridades da Tanzânia e as agências de ajuda europeias competem para encher os próprios bolsos, enquanto o aumento “da doença” ameaça devastar um continente já miserável.
“Liberdade”, série nórdica criada por Asger Leth (Um Homem no Limite) e baseada no romance aclamado de Jakob Ejersbo, é um retrato humorístico e ao mesmo tempo brutal dos expatriados ocidentais, cujo idealismo colide com diferenças culturais e oposição local, que gradualmente vai corroendo as boas intenções e valores democráticos, vantagens coloniais tentadoras e paixão que se inflama no calor tropical das noites de África.
É aqui que se cruzam duas famílias escandinavas: os dinamarqueses Knudsen, que acabaram de chegar ao país cheios de boas intenções e o desejo sincero de ajudar os outros, e os Larsson, que recebe os recém-chegados de braços abertos consolidando a sua posição de principal família escandinava da cidade. Através das famílias Knudsen e Larsson conhecemos a história de duas gerações, onde o idealismo, a auto-realização e a decadência moral dos adultos se transformam em traição lenta e implacável das crianças que escapam para a periferia.
No primeiro episódio:
Na Tanzânia, a família Knudsen reúne-se finalmente. Niels (Carsten Bjørnlund) estava ansioso para mostrar à mulher Kirsten (Sofie Gråbøl) a sua nova vida numa festa de boas-vindas no Larssons, com outros expatriados – Jonas (Magnus Krepper) e Katrina (Connie Nielsen). Apesar da familiaridade na linguagem e estilo dos amigos escandinavos é uma cultura diferente e África oferece uma vida cheia de novas oportunidades. Mas com estas oportunidades surgem graves consequências…