Celebração da obra de Alberto Pimenta, um dos mais importantes criadores portugueses, experimentador por natureza e inconformista político por convicção
Nascido no Porto, a 26 de Dezembro de 1937, o português Alberto Pimenta é um conhecido poeta, narrador, ensaísta, professor universitário e pioneiro da performance em Portugal. Quem nunca ouviu falar do histórico happening no Jardim Zoológico em 1977, quando Pimenta se trancou numa jaula (junto à dos macacos) com uma tabuleta indicando “Homem (Homo sapiens)”?!
Licenciado em Filologia Germânica na Universidade de Coimbra, exerceu, entre os anos de 1960 e 1977, as funções de professor-leitor de Português e de Literatura Portuguesa em Heidelberg, na Alemanha. Ao voltar a Portugal, desenvolveu uma vasta obra poética e performática, transformando-se numa das mais importantes figuras da cultura portuguesa.
«Um sorriso é mais barato que a electricidade e dá mais luz à mocidade.» Alberto Pimenta
Este filme-performance de Edgar Pêra (Manual de Evasão, O Barão, O Espectador Espantado) não é um documentário homenagem, é um poema fruto de uma amizade e cumplicidade mantidas ao longo dos últimos 24 anos. Alberto Pimenta, que divide os poetas em “tolerados” e “tolerantes”, é autor de uma vasta obra poética e performática insubmissa e desafiante. O ponto de partida deste filme são os arquivos, filmados entre 1994 e 2018, de performances, conversas e leituras de Alberto Pimenta, material cinético que foi objeto de pré-seleção pelo poeta Manuel Rodrigues e posteriormente montado por Edgar Pêra.