Estreia: Terça, 27 de Março, às 23:50, na RTP2

No Dia Mundial do Teatro recordamos a vida e as memórias de uma atriz emblemática da era dourada do cinema, esquecida pela história

 

Para o cineasta Martin Scorsese, Gene Tierney (1920-1991) é uma das atrizes mais subestimadas do cinema americano. E a sua história daria um filme de sucesso.

Nascida numa família da classe média, Gene começou desde tenra idade a escrever poesia. Numa visita aos Estúdios da Warner, o realizador Anatole Litvak disse para a mãe “ela deveria fazer cinema”. Foi a um casting, pouco depois, mas o pai recusou o contrato propoto. Se a filha queria representar, deveria fazê-lo “num teatro a sério”. Gene Tierney começou a sua carreira na Broadway e foi aí que o produtor e realizador da Fox Darryl Francis Zanuck a viu representar.

Estreou-se no cinema com um papel secundário no filme ‘O Regresso de Frank James’ (1940), de Fritz Lang, onde contracenou com Henry Fonda. Em ‘O Céu pode Esperar’ (1943), de Ernst Lubitsch, era já uma das atrizes mais bem pagas de Hollywood. No filme ‘Laura’ (1943) de Otto Preminger consolidou o estrelato e com o filme ‘Amar foi a Minha Perdição’ (1945), de John M. Stahl, foi nomeada para o Oscar de Melhor Atriz.

Após o nascimento da filha, portadora de deficiência, o casamento com o estilista Oleg Cassini (1913-2006) tornou-se um pesadelo. De uma breve reconciliação nasceu uma segunda filha, felizmente de perfeita saúde. A sua vida foi marcada por outras relações tempestuosas, nomeadamente com J.F. Kennedy e Ali Khan. Esteve internada por doença mental em várias instituições psiquiátricas numa época pouco conhecida da sua vida. Na busca de uma vida familiar autêntica, Gene Tierney casou em 1960 com um barão do petróleo texano.

Através de diários, arquivos, fotografias, filmes, testemunhos dos netos, de críticos de cinema e do cineasta e fã Martin Scorsese, este documentário de Clara Kuperberg e Julia Kuperberg percorre a vida e as memórias da atriz.

 

Ficha Técnica

Título Original

Gene Tierney, A Forgotten Star

Autoria e Realização

Clara Kuperberg e Julia Kuperberg

Produção

Wichita Films

Ano

2017

Duração

52'

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