Por mais que os franceses sejam detestados, a França desperta admiração e paixão: primeiro destino turístico mundial, é a terra do amor, da gastronomia, das artes e dos Direitos Humanos. Afinal, porque é que as pessoas gostam tanto de França?
13 de novembro de 2015. Após os terríveis ataques terroristas que atingiram Paris, a reação internacional excedeu tudo o que os franceses pudessem imaginar. O mundo inteiro expressava a sua solidariedade em azul, branco e vermelho. Grandes monumentos, por todo o mundo, foram iluminados com as cores da França, como a Ópera de Sydney, o Cristo Redentor no Rio de Janeiro, a Porta de Brandemburgo em Berlim, os edifícios da Câmara Municipal de São Francisco e de Tel Aviv, a Torre Pérola Oriental em Xangai ou o novo One World Trade Center em Manhattan. A terra inteira, envolta numa bandeira tricolor, parecia unida numa emoção sem precedentes.
Os franceses, habituados a que lhes “mordam nas canelas”, descobriram, finalmente, o “amor francês”. Parecia que todas as caricaturas francesas negativas, que dominavam o discurso internacional, estavam, de facto, escondendo um amor profundo e protetor por uma França agora ferida. Um amor complexo, paradoxal, mas poderoso, tecido ao longo de séculos, que precisou de uma tragédia para se libertar no espaço mediático de um mundo que se tornou uma aldeia.
De Pequim a Nova Iorque, de Buenos Aires a Tóquio, este documentário de Audrey Valtille mergulha no coração de uma realidade histórica, política e cultural: a imagem da França aos olhos dos estrangeiros que a amam. Um retrato amoroso e divertido de França, um país que gostamos de odiar, mas que tem um lugar especial no coração de muitos.
