Ópera de Francis Poulenc, baseada na peça homónima de George Bernanos.
A 17 de julho de 1794, no auge do Reinado do Terror encabeçado por Robespierre, 16 carmelitas, condenadas por crimes contra o povo francês e a revolução, são executadas na Place de la Nation, em Paris.
A ópera de Poulenc, baseada no peça homónima de George Bernanos, é composta por pequenas cenas – ou diálogos – que denunciam, a cada nota e palavra, uma profunda e inquietante análise sobre o martírio e sobre o terror. A cena final, quando as vozes se vão interrompendo entre si à medida que a guilhotina faz o seu trabalho é, dramática e musicalmente, uma das mais comoventes de todo o repertório lírico. Numa irónica e inesperada mudança, Robespierre seria, 10 dias depois, entregue à mesma guilhotina que supliciou as carmelitas.
“Dialogues des Carmélites”, cântico de fé, coragem e redenção foi, de imediato, reconhecida como obra prima da ópera do século XX.
Luís Miguel Cintra encenou e o Teatro da Cornucópia coproduziu com o Teatro Nacional de São Carlos esta obra, com direção musical de João Paulo Santos e com cenografia e figurinos de Cristina Reis.
Título Original: Dialogues des Carmélites