Quando não há memórias, a liberdade é apenas uma ilusão.
Nesta sociedade utópica, a História foi totalmente apagada das mentes humanas. Tudo é milimetricamente controlado: não há cores, música, doenças, conflitos ou qualquer possibilidade de escolha. Cada pessoa cresce ajustada à comunidade onde nasceu.
Quando Jonas atinge a maioridade e lhe é atribuída uma profissão, é eleito para um cargo fundamental naquela sociedade: “recetor de memórias”, a pessoa selecionada para guardar as lembranças da Humanidade. Para isso, receberá os ensinamentos de um ancião, o Dador, que lhe passa o legado do mundo, incluindo as piores memórias, a tristeza, o desgosto, a fome ou as guerras. Quando fica ciente da mentira em que todos vivem, Jonas tem de tomar a mais importante decisão da sua vida: guardar a informação para si e perpetuar a mentira ou, pelo contrário, contar tudo o que sabe e terminar com a frágil ilusão de um mundo perfeito.