Um ensaio poético e pessoal sobre um jovem em busca de aceitação.
A voz de uma mulher conta a história de um homem e diz as palavras que ele não consegue. A câmara explora um quarto de estilo barroco. Um quarto que se revela ao mesmo tempo um refúgio e uma prisão. Estamos no Líbano, numa família orgulhosa do seu nome e dos seus antepassados. Uma família conservadora, onde nem tudo é permitido. Especialmente a homossexualidade.
Para Anthony Chidiac a vida é assustadora e ele está paralisado pelo medo. Vive com a mãe, professora de francês, em Beirute e raramente sai de casa. Para Chidiac o mundo exterior parece um ambiente hostil, acima de tudo porque é homossexual. Algo que a família se recusa a aceitar. A mãe queria que o filho fosse notário, para ganhar muito dinheiro e se tornar “um homem de verdade”. Mas não é assim que Chidiac se vê…
Entre reflexões sobre a sua vida, conversas com os construtores sírios que estão a renovar a casa, e uma viagem à Argentina com o pai, Chidiac constrói um autorretrato comovente. Este filme de Anthony Chidiac venceu o Grande Prémio do Festival RIDM 2017, em Montreal e o Prémio de Melhor Documentário no Festival Queer de 2018.