Estreia: Domingo, 8 de Março, ao longo do dia na RTP2

No Dia Internacional da Mulher, a RTP2 exibe séries, documentários e espetáculos onde as mulheres são protagonistas.

 

Ao longo do dia, Destemidas mostra as mulheres excecionais que foram além das convenções e do preconceito.

Da autoria de Emilie Valentin e Elise Benroubi, são pequenas histórias de animação sobre mulheres ousadas e decididas que fizeram o que quiseram e lutaram pelos seus sonhos. Mulheres de ideais, épocas, idades e mundos muito distintos, que foram capazes de ir para além das convenções e preconceitos sociais e triunfaram perante as adversidades. Cientistas, atrizes ou ativistas que desejaram ser independentes, viajar, ser úteis, estudar, trabalhar, chegar ao poder de um país, ou simplesmente… salvar um farol!

À tarde, às 19:40, o documentário Carquejeiras – As Escravas do Porto presta homenagem a mulheres esquecidas que desempenharam uma tarefa fundamental para o desenvolvimento da cidade do Porto.

 

 

De 1928 a 1951, existiram 210 metros na cidade do Porto onde o trabalho da “besta” foi substituído pelo ser humano. Quem via aquelas mulheres carregadas com 144 molhos de carqueja chamava-as de “ouriços humanos”. As carquejeiras que durante o séc. XIX início do séc. XX faziam chegar à cidade a carqueja que descarregavam dos barcos acostados às margens do Douro. Numa época em que a sobrevivência era uma verdadeira luta, mulheres de todas as idades viam-se obrigadas a carregar às costas até 60 quilos de carqueja para obterem o sustento diário.

A subida assustadora, impossível para os animais de carga, era feita pelas mulheres, que muitas vezes ainda levavam filhos pequenos. A tarefa hercúlea era feita à chuva ou ao sol, sem folgas nem férias. A carqueja era a sua vida, e por vezes a razão de um fim prematuro.

Estas “Mulheres-escravas”, dobradas pelo peso da carqueja e da sua condição social, calcorreavam calçadas, ruas, vielas e ruelas da cidade do Porto, percorrendo distâncias de cinco quilómetros ou mais, no desempenho de um árduo trabalho que permitia que se cozesse pão, se acendessem fogões a lenha ou se aquecessem as lareiras das casas mais abastadas da cidade nevoenta e fria. Um trabalho duro e desumano, num sacrifício ignorado e esquecido de “supermulheres” de antigamente.

 

 

Ao fim da tarde, às 20:30, a série francesa A Estagiária conta a história de uma mulher de 50 anos que decide começar do zero.

Após um erro judicial que a levou a ir para trás das grades, Constance Meyer envereda por uma nova carreira profissional. A antiga agricultora forma-se em Direito e vai para Marselha estagiar com o exigente juiz de instrução Frédéric Filiponi, um jovem magistrado um pouco “formatado” pelo cargo.

Constance é uma mulher enérgica e decidida que não se detém perante nada e oferece uma nova e refrescante perspetiva sobre os casos que investiga. Mas Constance atrai a indignação dos seus colegas de tribunal, que a acham demasiado impertinente. Contudo a sua grande empatia e modo pouco convencional tornam o estágio numa experiência de aprendizagem mútua, à medida que os seus métodos de investigação e abordagem humana forçam Filiponi a sair da sua zona de conforto. Uma dupla profissional jubilante que vai investigar casos emocionalmente exigentes como um homicídio, um caso de consciência, uma tragédia humana, uma ocorrência da sociedade ou uma potencial injustiça.

 

 

À noite, às 22:15, Eu Sou traz uma coleção de histórias comoventes autênticas e pessoais sobre a feminilidade no século XXI.

Kirsty é uma mulher que luta para manter a estabilidade da família num mundo cada vez mais precário. Com a sua força de vontade tenta desesperadamente evitar o desastre até que o mundo ao seu redor desaba e é forçada a fazer um derradeiro sacrifício pelos filhos. Nicola é uma mulher em busca do ideal romântico de um relacionamento perfeito. Está tão envolvida na procura do seu sonho que falha em perceber a sua realidade sombria e complicada e nem se questiona sobre o que realmente quer e o que realmente importa numa relação. Hannah  é advogada, tem 30 anos e vive uma vida normal mas procura encontrar um propósito maior. A advogada parece ter tudo, mas diante da crescente pressão dos amigos e familiares para assentar e iniciar uma família, Hannah vai ter de decidir se a vida para ela é algo mais do que isso.

Escrita e realizada por Dominic Savage, vencedora do BAFTA, “I Am” é uma minissérie britânica dramática antológica, criada em colaboração com as atrizes Samantha Morton, Vicky McClure e Gemma Chan cada uma com uma ligação próxima e pessoal à história que representa o que transmite um nível de autenticidade e realismo raramente vistos em televisão.

 

 

Imediatamente a seguir, às 23:05, conheça a vida e obra da escultora Dorita Castel-Branco.

À Procura da Moça Dorita mostra como uma artista que marcou o panorama artístico português nas décadas de 70, 80 e 90 do séc XX caiu no esquecimento. O documentário de Laurent Filipe resulta de uma busca pela personalidade e obra de uma (rara) escultora que, em Portugal e não só, fez uma vasta e relevante obra até a diabetes a levar deste mundo, aos 60 anos.

Ao fim da noite, às 23:55, veja o concerto da cantora franco-belga Viktor Lazlo com alguns dos maiores êxitos de três divas do Jazz.

 

 

Sarah Vaughan, Ella Fitzgerald, Billie Holiday – Três divas, três rainhas, três mulheres forjadas no mesmo molde, o do talento, do carácter e da capacidade de resistência. Nascidas com alguns anos de diferença, conheciam-se mutuamente, apreciavam-se e competiam numa época onde não era fácil nascer-se negra, mulher, e com talento para cantar. A cantora franco-belga Viktor Lazlo presta homenagem a estas três mulheres num concerto pleno de charme e encanto, gravado na sala Aimé Césaire do Topiques Atrium, Fort-de-France.

Viktor Lazlo subiu pela primeira vez ao palco aos onze quando participou num musical. Durante os estudos em arqueologia e história da arte, teve aulas de violino e dança. Depressa começou uma carreira como cantora e atriz internacional. Em 2010, publicou o primeiro romance “La femme qui pleure”, pelo qual recebeu o Prémio Charles Brisset. O trabalho no romance, álbum e programa “My name is Billie Holiday” foi a fonte de inspiração para o espetáculo “Three Women”.