Peça de teatro com texto original de Jacinto Lucas Pires, escrito a partir do clássico Hamlet.
Dois homens cavam e conversam. Diferentes pessoas vão aparecendo – de onde ao certo? do mundo que imaginamos existir fora do cemitério? das imagens que a conversa dos Coveiros evoca? -, trazendo diferentes perspetivas, experiências, linguagens. Aos poucos, vamo-nos dando conta de virem de tempos distintos.
Serão fantasmas? Fantasmas de carne e osso? A morte, sabe-se, é a grande niveladora. Poderá também ser reveladora do que há de único, de especial, em cada um?
Fazem comédia com ossadas e caveiras, põem-nos a olhar as pessoas e o mundo com “estes olhos que a terra há de comer”. São as personagens certas para este momento pós-pandemia e um apelo ao regresso à vida.
Peça encenada por Marcos Barbosa a partir de um texto original de Jacinto Lucas Pires, escrito a partir de ‘Hamlet’ de William Shakespeare, que fala da vida “do ponto de vista da morte” (para usar a feliz expressão de Vicente Sanches).