A vida e obra de um artista único, um dos pintores mais talentosos do seu tempo.
Nascido na China, em 1920, Chu Teh-Chun (1920-2014) é celebrado como um dos pintores mais talentosos e prolíficos do seu tempo. Elogiado por ter integrado a arte abstrata ocidental e a pintura tradicional chinesa num estilo muito pessoal, ultrapassou os limites do real e do irreal e reconciliou com sucesso a pintura, a música e a poesia. Artista prolífico, produziu mais de 2500 óleos sobre tela, trabalhos sobre papel, aquarela, caligrafia e cerâmica.
Aos 35 anos de idade, Chu Teh-Chun perseguiu o sonho de morar em Paris e tornou-se um artista de renome internacional. Obcecado por cores, luz e textura, encarna a união de duas culturas artísticas: a pintura tradicional chinesa e a abstração ocidental. O amor pela natureza, poesia e música alimentou a sua imaginação para reviver a própria essência das paisagens em papel e tela.
Ao longo da vida, experimentou vários estilos e técnicas combinando o domínio da caligrafia com o da pintura. Foi atraído pela intensidade cromática de Goya e descobriu a expressão da luz através de Rembrandt. No entanto, quando descobriu a obra de Nicolas de Stael, em 1956, reviu a sua conceção artística e abandonou a composição figurativa a favor da abstração.
Através de testemunhos de familiares e críticos de arte e de arquivos históricos raramente vistos, o documentário de Christophe Fonseca revisita pela primeira vez a vida e obra deste artista único cuja viagem nos leva por dois continentes ao longo do século XX e retrata de uma forma única a evolução do simbolismo formal à abstração lírica.