Controverso logo na inauguração, há 40 anos, o Centro Georges Pompidou é um complexo multicultural que junta diferentes formas de arte
Juntamente com o MoMA, em Nova Iorque, e a Tate Modern, em Londres, o Centro Pompidou de Paris é uma das mais importantes instituições culturais do mundo. A sua inauguração em 1977 foi envolta em polémica tanto pela modernidade da arquitetura como pela abordagem a todas as formas de arte. Para além do acervo, que se tornou num dos mais importantes a nível mundial, qual foi a sua evolução e qual será o seu futuro? Como é que a utopia que levou à sua criação coabita, ainda hoje, com esta incrível máquina?
Artistas, criadores e protagonistas da arte contemporânea trazem-nos a sua visão sobre este lugar excecional. Antes da inauguração, a estética dos arquitetos Renzo Piano e Richard Rogers provocou uma controvérsia épica. Mas uma vez inaugurado, o Centro Nacional de Arte e Cultura Georges Pompidou foi um sucesso. Laboratório de experiências sensoriais, que agita práticas artísticas e múltiplos públicos, é uma referência das instituições culturais francesas que dá a conhecer uma vanguarda em perpétua ebulição.
Dando a palavra aos artistas e àqueles que fizeram ou fazem a instituição (Annette Messager, Giuseppe Penone, Daniel Buren, Claude Mollard, Serge Lasvignes ou Frank Madlener) este filme revisita quatro décadas de criatividade. Enquanto o mercado da arte vibra, os museus internacionais se entregam a uma feroz competição e as verbas públicas diminuem, o documentário de Jean-Marc Gosse convida-nos a refletir sobre este modelo único que, à semelhança do Louvre, leva a sua ‘marca’ para fora de Paris, com o Centro Pompidou em Metz, Málaga e brevemente em Bruxelas e Xangai.
