O retrato do cineasta Billy Wilder, o mergulho numa vida dedicada à 7ª Arte de uma verdadeira lenda do cinema
Este documentário de Clara e Julia Kuperberg apresenta testemunhos do filho Paul Diamond, de críticos de cinema, e gravações exclusivas com o próprio cineasta, vencedor de seis Oscares da Academia. Ainda assim, num rasgo de humor característico, a lápide de Wilder diz: “Sou escritor, ninguém é perfeito”.
Nas últimas entrevistas que deu ao realizador Cameron Crowe, a propósito de “Conversations With Billy Wilder”, Billy inquietava-se acerca da forma como o livro iria terminar: “Como vai acabar?”, perguntava, “porque o fim perfeito seria eu morrer.” E foi o que aconteceu a 27 de março de 2002. Como num de seus filmes mais famosos, ‘Sunset Boulevard’, a voz que se eleva aqui é a da história póstuma da sua existência, que recorda vultos do cinema e da era dourada de Hollywood.
Wilder deixou um legado de filmes marcantes como ‘Quanto Mais Quente Melhor’ – considerado por muitos a melhor comédia de sempre, ‘Stalag 17’, ‘Um, Dois, Três’, ‘Sabrina’, ‘O Pecado Mora ao Lado’, ‘O Segredo de Fedora’, ‘O Apartamento’ e tantas outras obras-primas do património cinematográfico. “Oitenta por cento de um filme é o guião, os outros vinte são a execução, tal como ter a câmara na posição certa e a capacidade financeira para ter bons atores em todos os papéis”, dizia Billy Wilder.