Ópera única do compositor italiano Arrigo Boito, com Erwin Schrott, Charles Castronovo e Alex Penda
A única ópera completa do compositor e libretista italiano Arrigo Boito (1842-1918), Mefistófeles conseguiu no Festival de Baden-Baden a rara coincidência de alcançar os elogios dos críticos e do público. Uma produção inebriante e inesquecível onde a personagem principal é interpretada pelo extraordinário baixo-barítono uruguaio Erwin Schrott, que já tinha apresentado um excelente Mefistófeles, uma mistura de amante latino, brincalhão e demónio, na Ópera Fausto de Gounod.
Nesta obra, Boito combina influências de Verdi e Wagner, coros vibrantes e melodias intrincadas. Ópera em 1 prólogo, 4 atos e um epílogo, esta é a mais abrangente de todas as obras músico-dramáticas baseadas no texto de Goethe. O compositor e libretista centra-se na figura de um brilhante e cruel Mefistófeles e inclui duas cenas do Segundo Fausto e o Prólogo no Céu da primeira parte da obra de Goethe. Musicalmente, é um dos mais fascinantes exemplos da ópera romântica italiana.
Nas vastas regiões do paraíso, Mefistófeles aposta que é capaz de destruir a alma de Fausto. Visita Fausto e propõe-lhe um acordo: concede os seus préstimos a Fausto e em troca ele o servirá no inferno por toda a eternidade. Fausto aceita o contrato com o Demónio, desde que a sua vida termine apenas quando estiver suficientemente satisfeito. Fausto é agora jovem e belo e está encantado pela donzela Margarida.
Com a ajuda de Mefistófeles, seduz a jovem. Quando Margarida é acusada da morte da mãe, Fausto tenta convencê-la a fugir. Mas ao reconhecer em Mefistófeles o Diabo, Margarida prefere encarar a condenação e morre rezando pelo perdão divino enquanto coros celestiais anunciam a sua salvação. Desolado, Fausto pede a Mefistófeles que o leve à Grécia Antiga onde seduz Helena de Tróia e os dois são levados para uma noite de encantamento.