O nome delas é Ana Galvão e Joana Marques, e das 10h às 12h, ninguém as pára. São as Donas da Casa e fazem-nos companhia de segunda a sexta, na Antena3.
Quem escolheu o nome?
Joana Marques (JM): “O nome foi a única ideia boa de Ana Galvão (risos).”
Ana Galvão (AG): “A Joana deu ideias péssimas, e atenção que ela é guionista.”
JM: “Eu dei ideias ótimas, a Ana é que as rejeitou. Mas eu gostei desta; eu consigo reconhecer uma boa ideia quando a ouço.”
Se há algum denominador comum entre as duas redialistas é, sem dúvida, o sentido de humor. O que faz com que seja impossível escrever esta entrevista sem recurso a didascálias.
Joana Marques: “Acho que tem funcionado bem, já vamos nuns 2 meses e o programa ainda não foi cancelado.”
A diferença entre Donas DA casa e Donas DE Casa.
JM: “A nossa ideia é que somos as Donas da Casa, somos nós que mandamos, haja o que houver.”
AG: “Apesar de haver alguns colegas que gostam de subverter. Alguém já nos trouxe roupa para passar a ferro, mas não teve sorte alguma! Nós queremos reiterar que somos as Donas DA Casa, no sentido autoritário; as patroas!”
A interação com os ouvintes é a palavra de ordem do programa das “patroas”.
JM: “A nossa ideia não era fazer mais do mesmo, era fazer diferente. Nós temos muita interação com os ouvintes, todos os dias lançamos questões novas.”
A quinta-feira, por exemplo, é o dia de ouvir as rádios locais.
AG: “Eu tenho um fascínio pelas rádios locais, porque elas conseguem ter uma proximidade com as localidades que nós, rádios generalistas, não conseguimos ter, embora tentemos. E ainda para mais, há rádios que vivem apenas com um fiozinho do apoio monetário.”
“Temos programas muito diferentes ao longo o dia, e à semelhança da Prova Oral, tentamos fazer a nossa marca tendo também essa interação com os ouvintes.”
Ana Galvão e Joana Marques já se conheciam relativamente bem, graças ao Toca a Todos.
AG: “O ano passado fizemos o Toca a Todos juntas.”
JM: “Foi um estágio (risos)…”
AG: “Passámos 73 horas no mesmo cubículo…”
JM: “(suspiro) É um dia de cada vez 😀 De facto, quem passou por aquilo, passa por tudo. Nós conseguimos praticamente dormir, nem comer… A Ana comia umas sementes (risos) Quem se consegue dar-se bem nessas condições… aqui são só 2 horas por dia. Uma pessoa, quando dá por si, já acabou.”
Foto e texto: Inês Espojeira