Um elogio ao mistério dos encontros, num documentário da cineasta portuguesa Cláudia Varejão.
Amor Fati vai ao encontro de partes que se completam. São retratos de casais, amigos, famílias e animais com os seus donos. Partilham a intimidade dos dias, os hábitos, as crenças, os gostos e alguns traços físicos. A partir dos seus rostos e da coreografia dos gestos, descobrimos a história que os enlaça.
Assente na vida quotidiana, o documentário desenha diante dos nossos olhos um coro de afetos e da memória coletiva de um país, convocado o discurso de Aristófanes no Banquete de Platão: “Não será a isto que vocês aspiram, a identificarem-se o mais possível um ao outro, de forma a não mais se separarem noite e dia? Se é essa a vossa aspiração, estou disposto a fundir-vos e soldar-vos numa só peça, de tal modo que, em vez de dois, passem a ser um só.”