Ópera em três atos do compositor alemão Christoph Willibald Gluck, com libreto de Ranieri de´ Calzabigi, a partir de Alceste de Eurípides
A prestigiada produção do encenador italiano Pier Luigi Pizzi para o Teatro La Fenice assinalou o tricentenário do nascimento de Gluck. A ópera retrata a comovente história narrada por Eurípedes: o rei Admetus está a morrer e a sua mulher, Alceste, oferece a vida em troca da do seu amado. Ao aperceber-se do sacrifício, Admetus decide segui-la na morte. Mas o deus Apolo, emocionado com este ato de extrema devoção, permite que Alceste regresse das profundezas do submundo.
Expoente do início do classicismo vienense, Christoph Willibald Gluck desempenhou um papel decisivo na reforma e simplificação da ópera séria, que passava por um período de declínio no século XVIII. Alceste é a peça chave dessa reforma, juntamente com a sua obra mais famosa Orfeu e Eurídice.
A ópera tem duas versões, uma em italiano, com libreto de Ranieri de ‘Calzabigi, que estreou no Burgtheater de Viena, em 1767, e uma em francês, apresentada em Paris em 1776. Este espetáculo, onde a famosa soprano italiana Carmela Remigio interpreta o papel principal, foi gravado no Teatro La Fenice, Veneza, em 2015.