As Novas Viagens Philosophicas são o resultado de 5 anos de viagens por 12 países e 4 continentes. Um trabalho de documentário único e como nunca foi feito em Portugal.
Dois câmaras, um sonoplasta e uma jornalista correram o mundo guiados por biólogos portugueses com a missão de documentar e explicar as investigações dos cientistas nacionais.
Foram muitos milhares de quilómetros e centenas de dias de gravação; muitas casas em florestas, ilhas solitárias, oásis no deserto; muitas noites de caminho, muitas madrugadas à espera, muitos sóis que nasceram enquanto se espreitava de um ninho ou saía de uma toca; foram muitas vacinas e algumas doenças; foram muitos caminhos a pé, de jipe, de canoa, de helicóptero, de lancha, de avioneta, navio e hidroavião; foram muitas estradas sem fim, um naufrágio, mil subidas e descidas; foi muito calor e chuva torrencial; foram rios, lagos e mares, praias, montanhas, planícies, bosques e savanas, ilhéus e vulcões. Foram chãos vermelhos e negros, chãos brancos, amarelos e laranja, chãos de rocha e folhas e areia. Foram crocodilos e aves coloridas, frutos maravilhosos, sapos, coelhos corredores e peixes difíceis, preguiças e lagartos e muita gente, muitas amizades, muitas despedidas.
Está tudo nestas 13 histórias que são também um pedaço das vidas de todos os que as fizeram e que conseguiram, enfim, contá-las.
A RTP assumindo o seu papel de divulgação do que melhor fazem os portugueses, num contínuo trabalho de serviço público, sempre mais e melhor, esteve associada e acreditou neste projeto desde a primeira hora. E assim, nasceu, fruto de uma parceria entre a RTP, o Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos (CIBIO-InBIO) e a Universidade do Porto, um projeto que agora iremos poder acompanhar, semanalmente, ao longo de 13 episódios, a partir de dia 3 de julho, às 12h30, na RTP1.
Este projeto contou com o apoio da Ciência Viva através do programa Media Ciência, financiado pelo programa COMPETE, que apoiou a criação de conteúdos de ciência e tecnologia, em suporte multimédia, para difusão nos meios de comunicação social.
Em resumo, visitamos 12 países em 4 continentes e ao longo de 5 anos filmamos aproximadamente 260 horas, em mais de 200 dias de trabalho. Fizemos 100 voos diferentes, cerca de 30 ligações marítimas e entrevistamos 50 cientistas e biólogos. E o resultado está aqui: 13 episódios sobre biodiversidade e vida selvagem protagonizados por investigadores portugueses, gravados nos locais mais inóspitos do planeta, da Mauritânia à Amazónia.
No primeiro episódio: Viajamos até à Mauritânia para conhecer os crocodilos do deserto.
Um grupo de biólogos procura crocodilos nos oásis de montanha no Saara. A recolha de amostras de tecido dos crocodilos permite perceber se há comunicação entre os diversos grupos ou se o seu isolamento reprodutivo pode conduzir ao desaparecimento de algumas populações. Trata-se do crocodylus suchus, uma espécie diferente do crocodilo do Nilo.