O comité norueguês, responsável pela atribuição do Nobel da Paz, destaca a ação da ainda jovem Malala Yousafzay de 17 anos, que passou a ser na laureada mais jovem de sempre, pela sua luta “heróica” de vários anos pelo direito à educação das mulheres “sob as mais perigosas circunstâncias”.
Elogia também a “coragem” de Kailash Satyarthi em honrar o legado de Mahatma Ghandi, através dos protestos pacíficos contra a exploração laboral e financeira das crianças.
É um autor pouco traduzido e conhecido no mundo anglo-saxónico, mas já venceu importantes prémios em França, nomeadamente o Grand Prix de Romance da Academia Francesa, em 1972, com o livro Rue des Boutiques Obscures.
Em Portugal, o romancista tem publicados os romances “A Rua das Lojas Escuras” (Relógio D’Água), “Um Circo que Passa”, “Domingos de Agosto” (Dom Quixote) e mais recentemente “O Horizonte” (Porto Editora).
Eric Betzig, William E. Moerner e Stefan W. Hell foram premiados pelas investigações em microscopia fluorescente, nomeadamente na compreensão de processos moleculares a uma escala muito pequena.
Foto: Oleg Popov/Reuters
Ajudados por moléculas fluorescentes, o contributo dos laureados permitiu à comunidade científica compreender o comportamento no interior das células e assistir às dinâmicas dos processos moleculares em tempo real: “não nos diz apenas onde decorrem esses processos, mas mostra-nos quando e como acontecem”, explicou o painel de especialistas na conferência de imprensa de apresentação, em Estocolmo.
Nobel da Física
O’Keefe e o casal May-Britt e Edvard Moser são os vencedores deste ano.
Foto: Reuters
Estes três neurocientistas descobiram “sistema de GPS” do cérebro. A primeira componente deste sistema de posicionamente foi descoberta pelo britânico-americano John O’Keefe em 1971, quando o neurocientista localizou um novo tipo de célula nervosa, as “células de lugar” no cérebro humano que se ativava consoante o ambiente e que formava um mapa da localização.
Mais de trinta anos depois, em 2005, o casal norueguês May Britt Moser e Edvard Moser descobriu um componente essencial no sistema de posicionamento descodificado por O’Keefe. As “células em rede” constituiam um sistema de coordenadas, indício de um posicionamento mais preciso.