Uma nova resistência que emerge no cenário artístico brasileiro.
Como podemos manter-nos em movimento quando a situação sociopolítica de um país parece paralisar tudo; quando a perseguição e o ódio parecem desunir, sufocar a liberdade e a solidariedade, a igualdade e a democracia?
Gradualmente, há uma nova resistência que emerge no cenário artístico brasileiro depois da tomada de posse de Jair Bolsonaro. Bruno Beltrão não ficou surpreendido com a viragem radical à direita do Brasil e de outros locais. A sua obra anterior, Inoah, parecia já mediar conflitos indissolúveis e violentas contradições sociais de maneira quase suplicante; como uma batalha urbana entre o encontro e o confronto.
Beltrão revolucionou o Hip-Hop, conciliando estilos e posturas da dança urbana com os princípios da dança contemporânea. As suas intensas coreografias com o Grupo de Rua caracterizam-se pela veemência física e pela compreensão analítica da música e do espaço.