Célebre peça do mais famoso dramaturgo inglês, na tradução de Sophia de Mello Breyner Andresen, com dramaturgia de Miguel Graça e encenação de Carlos Avilez.
Escrita entre 1599 e 1601, Hamlet, talvez a mais célebre peça de William Shakespeare e uma das mais icónicas personagens da literatura é, à primeira vista, uma tragédia de vingança que se inicia quando o Príncipe da Dinamarca descobre que o pai foi assassinado pelo tio, Cláudio, usurpador do trono e agora casado com Gertrudes, mãe de Hamlet.
Mas há algo de muito mais profundo neste texto que fala sobre a natureza humana e, sobretudo, sobre a vida e a morte, em duelos verbais que Hamlet mantém com as outras personagens ou em auto-reflexões sobre ele próprio, ou melhor, sobre nós, porque mesmo a mais de 400 anos de distância a alma humana, tal como a grandeza da peça, não se alterou.
A tradução de Sophia de Mello Breyner Andresen (1919-2004) acrescenta inexcedível brilho ao texto. Concluída em 1965, a primeira publicação desta tradução seria feita na revista O Tempo e o Modo – inicialmente proibida na sua integralidade pela Comissão de Censura, por haver na peça uma personagem de nome Marcelo, tal como Marcelo Caetano, já então preconizado sucessor de Salazar. Aquando da 1.ª publicação, em 1987, a poeta escreveu: «Tentei, quanto possível, traduzir rente ao texto, ser fiel à riqueza e à densidade de cada frase e encontrar uma linguagem que fosse a do Teatro.»
Um elenco de mais de 30 atores e músicos onde se inclui José Condessa no papel de Hamlet, Elmano Sancho em Cláudio, Maria João Pinho em Gertrudes, entre muitos outros nomes de destaque do teatro nacional.